Por Sam Boughedda
Em uma carta aberta à Meta Platforms (BVMF:M1TA34) (NASDAQ:META) na segunda-feira, o presidente e CEO da Altimeter Capital, Brad Gerstner, pediu que a empresa de mídia social e metaverso volte a empolgar e reconquistar a confiança dos investidores, através da redução do quadro de funcionários e do dispêndio de capital, além de restringir o investimento no metaverso.
Gerstner recomenda que a Meta reduza a despesa com colaboradores em pelo menos 20%, rebaixe o dispêndio de capital em pelo menos US$ 5 milhões e restrinja o investimento na sua divisão de metaverso/Reality Labs para não mais que US$ 5 bilhões ao ano.
"A Meta precisa reconquistar a confiança dos investidores, colaboradores e da comunidade de tecnologia, a fim de atrair, inspirar e reter os melhores talentos do mundo. Em suma, a Meta precisa voltar à sua melhor forma”, explicou Gerstner. Ele disse ainda que o corte de 20% nas despesas relacionadas a colaboradores faria com que a Meta voltasse ao nível de despesa de meados de 2021.
As ações da Meta acumulam uma queda de 62% em 2022, já que os investidores estão ficando cada vez mais preocupados com o desempenho da companhia.
A mudança da Meta para o metaverso não tem sido fácil. Notícias recentes afirmam que o novo serviço não está conseguindo bater as metas de usuários em seu aplicativo Horizon Worlds. A companhia já declarou que estava trabalhando na retenção de usuários para os seus headsets de realidade virtual.
"Apesar do bom momento para investir em IA, o investimento da Meta no metaverso, ainda que menor, acabou atraindo mais atenção e gerou confusão. Talvez a mudança do nome da empresa para Meta tenha feito as pessoas acharem que 100% do tempo está sendo gasto em Reality Labs", continuou Gerstner. “As pessoas sequer sabem ao certo o que quer dizer metaverso. Se a empresa investir US$ 1-2 bi por ano nesse projeto, talvez não haja tanta confusão”.
O CEO da Altimeter Capital explicou que, embora acredite que a Meta deva investir no metaverso, a maior parcela do investimento “em um futuro desconhecido está superdimensionado".
“Acreditamos que as recomendações anteriores permitirão que a empresa se torne mais enxuta, focada e produtiva, reconquistando a confiança e o vigor”, concluiu.