BENGALURU, Índia (Reuters) - A Meta Platforms (NASDAQ:META), controladora do Facebook e do Instagram, anunciou nesta quarta-feira a demissão de 13% de sua força de trabalho, ou mais de 11.000 funcionários, em um dos maiores cortes de empregos do ano no setor de tecnologia.
As demissões em massa, as primeiras nos 18 anos de história da Meta, seguem milhares de cortes de empregos em outras grandes empresas do setor, incluindo o Twitter e Microsoft (NASDAQ:MSFT).
“Não apenas o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”, disse o presidente-executivo, Mark Zuckerberg, em mensagem aos funcionários.
"Eu entendi o cenário de forma errada e assumo a responsabilidade por isso."
A Meta, cujas ações perderam mais de dois terços de seu valor até agora este ano, subiram quase 3% antes do início do pregão.
A empresa também planeja cortar gastos não essenciais e estender o congelamento de contratações até o primeiro trimestre. No entanto, não divulgou a economia de custos esperada com as mudanças.
A Meta pagará 16 semanas de salário base mais duas semanas adicionais para cada ano de serviço, como parte do pacote de indenização aos funcionários demitidos, disse a empresa.
Os trabalhadores afetados também receberão cobertura de plano de saúde por seis meses, de acordo com a empresa.
Uma aposta cara de Zuckerberg em seu "metaverso" levou a Meta a prever despesas de até 100 bilhões de dólares para 2023. A estratégia de aposta na tecnologia que ainda não se provou viável tornou investidores céticos sobre a empresa. O próprio Zuckerberg afirmou anteriormente que espera que os bilhões que está fazendo a Meta injetar no metaverso darão frutos apenas em uma década.
A empresa também enfrenta a forte concorrência do TikTok e mudanças em controles de privacidade em dispositivos da Apple (NASDAQ:AAPL), o que tem minado suas receitas com venda de espaço publicitário.
A Meta tinha 87.314 funcionários no final de setembro.
(Por Aditya Soni, Nivedita Balu e Eva Mathews)