São Paulo, 2 out (EFE).- O estado de Minas Gerais procura atrair projetos de inovação tecnológica através do pagamento das despesas de estadia e de até R$ 80 mil às "startups" (companhias de nova criação) que ajudem a fortalecer o mercado, informou nesta quarta-feira o governo estadual.
No próximo mês, Belo Horizonte, considerada o "Vale do Silício" brasileiro, selecionará durante uma primeira fase um total de 40 "startups" de vários lugares do mundo com o objetivo que apresentem ideias de conteúdo tecnológico que ajudem a desenvolver a cultura empreendedora em Minas Gerais.
"É o primeiro projeto brasileiro a oferecer capital para incentivar a plantação de um semente livre de desenvolvimento", explicou à Agência Efe o gerente do projeto, Leandro Campos.
Desde o início de abertura das inscrições, que começaram em 27 de setembro e fecharão no próximo dia 17, foram registradas 239 propostas, 71 delas provenientes de fora do Brasil, especialmente de Argentina, Chile, Peru e Espanha.
Segundo André Barrence, presidente do programa de "startups" criado pelo governo de Minas Gerais (Seed), o objetivo é apoiar os empreendedores de todo o mundo e caminhar na mesma direção para que Belo Horizonte se transforme em uma "referência de tecnologia da informação".
"É uma boa ideia. Se cria uma cultura do empreendedor que dá valor a quem quer inovar", acrescentou.
As "startups" selecionadas se estabelecerão durante seis meses em Belo Horizonte, onde desenvolverão seus trabalhos e terão a oportunidade de assinar contratos com o governo estadual.
Este tipo de companhias começou a chegar ao Brasil há cerca de três anos, e em sua maioria elas estão concentradas sobretudo em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que revela, segundo a Associação Brasileira de Startups, "a liderança da região sudeste neste tipo de investimentos".
A ONG Wylinka será o responsável pela instalação dos empreendedores em um escritório de trabalho compartilhado, e lá será avaliada a produtividade das empresas.
"Ainda faltam investimentos em 'startups', por isso este projeto favorece o ecossistema de empreendedores globais", destacou à Efe a diretora da ONG, Renata Horta. EFE