Por Senad Karaahmetovic
Investing.com - As ações da Microsoft (NASDAQ:MSFT) (BVMF:MSFT34) recuavam mais de 6% antes da abertura em Nova York nesta quarta-feira, após a gigante da tecnologia fornecer projeções moderadas para o segundo trimestre fiscal, além de reduzir a perspectiva de receita em 2023.
A Microsoft apurou um LPA de US$ 2,35, acima da estimativa dos analistas de US$ 2,32. A receita, por sua vez, teve um salto anual de 11%, para US$ 50,1 bilhões, novamente acima do consenso de US$ 49,86 bilhões. Isso marca o crescimento mais fraco das vendas trimestrais em cinco anos para a Microsoft.
O Microsoft Azure cresceu 35%, gerando US$ 20,33 bilhões em vendas, enquanto os analistas estavam esperando uma taxa de crescimento de 36%. As unidades de Produtividade & Processos Comerciais e Computação Pessoal da Microsoft superaram as projeções dos analistas.
“Em um mundo que enfrenta ventos contrários cada vez mais intensos, a tecnologia digital é definitivamente um vento a favor. Nesse ambiente, nosso foco é ajudar nossos clientes a fazer mais com menos, além de investir em áreas de crescimento secular e gerenciar nossa estrutura de custos com disciplina”, declarou Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft.
Na teleconferência de resultados, a Microsoft projetou receitas de US$ 52,85 bilhões (na faixa intermediária) no 2º tri fiscal, o que sugere um crescimento de 2% a/a. Os analistas esperavam uma receita de US$ 56,05 bilhões. O crescimento do Azure deve desacelerar para 37% em moeda constante, novamente abaixo do consenso de 39,4%.
Analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) rebaixaram as estimativas para o EF23, de modo a refletir os resultados e as projeções. O novo preço-alvo da MSFT é de US$ 315 por ação, uma queda em relação a US$ 330.
“Embora tenhamos revisado para baixo nossas estimativas para o EF23 (a fim de refletir os obstáculos para as receitas de MPC e Azure), ressaltamos que esse rebaixamento se refere, em grande medida, a partes cíclicas do negócio que não se ajustam à visão estratégica da companhia e à nossa tese de longo prazo [...]. Olhando além da dinâmica de curto prazo, continuamos otimistas, já que consideramos que a empresa está bem posicionada para continuar fechando negócios e expandindo sua participação na carteira da sua atual base de clientes, mesmo em um ambiente de crescimento mais lento”, escreveram os analistas em nota.
Analistas do banco de investimento Stifel cortaram o preço-alvo de US$ 300 para 290 por ação, mas continuam otimistas com o papel.
“Não é de surpreender que o desenvolvimento desigual da economia global continue afetando partes dos negócios da MSFT, como o crescimento do Azure, que ficou abaixo das expectativas, na medida em que os clientes continuaram otimizando o uso pelo segundo trimestre consecutivo, a demanda de PCs foi substancialmente recalibrada pós-pandemia e os gastos com publicidade estão caindo, devido à redução dos orçamentos de marketing dos clientes”, escreveram aos clientes.