(Reuters) - A Microsoft vai comprar a LinkedIn por 26,2 bilhões de dólares, na maior aquisição já acertada pela empresa de software e que combinará ferramentas de software corporativo com uma rede social formada por 433 milhões de membros.
A Microsoft espera que o negócio ajude a empresa a tentar manter serviços como os oferecidos pelo email Outlook relevantes o bastante para que os usuários não abandonem a empresa em direção a rivais como o Gmail, do Google.
Para a LinkedIn, a oportunidade de acessar os usuários de produtos da Microsoft, incluindo 1,2 bilhão de usuários do conjunto de programas para escritório Office, pode ajudar a rede social a impulsionar seu crescimento, que vem desacelerando nos últimos trimestres.
"Os profissionais do mundo podem se beneficiar em termos de conseguirem fazer seu trabalho", disse o presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella, que tenta revigorar a companhia desde que assumiu o comando em fevereiro de 2014.
Nadella citou exemplo de um usuário que se dirige a uma reunião agendada no Outlook integrado com o LinkedIn, recebendo notificação de que uma das pessoas na reunião frequentou a mesma escola com um colega.
"O futuro da produtividade tem a ver com pessoas, identidade e dados e os relacionamentos entre eles", disse Matt McIllwain, gerente de portfólio na Madrona Ventures. "A Microsoft está comprando a LinkedIn pela oportunidade de ampliar estas capacidades e combiná-las com seus ativos nestas três áreas."
A oferta de 196 dólares por ação representa um prêmio de 49,5 por cento em relação ao preço de fechamento da ação da LinkedIn na sexta-feira.
As ações da rede social disparavam cerca de 47 por cento na bolsa de Nova York às 14h19 (horário de Brasília), enquanto os papéis da Microsoft tinham perda de 2,8 por cento.
O presidente do conselho da LinkedIn, Reid Hoffman, e acionista controlador da empresa, afirmou que o acordo com a Microsoft tem seu total apoio.
A Microsoft planeja acelerar a monetização do LinkedIn com aumento de assinaturas de clientes individuais e corporativos bem como com propaganda dirigida, disse a companhia.
O acordo deve ser concluído este ano, esperam as empresas.