Por Supantha Mukherjee
(Reuters) - A Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) conduziu uma investigação sobre o envolvimento do cofundador Bill Gates com uma funcionária há quase 20 anos, após a informação, em 2019, de que ele havia tentado iniciar um relacionamento romântico com a pessoa, disse a empresa nesta segunda-feira.
A Microsoft afirmou ter recebido no fim de 2019 a informação de que Gates "havia tentado iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa no ano 2000", disse um porta-voz da empresa em comunicado.
"Um comitê do Conselho analisou a questão, auxiliado por um escritório de advocacia externo, para conduzir uma investigação completa. Durante a investigação, a Microsoft forneceu amplo suporte à pessoa que levantou a questão", disse o comunicado.
O Wall Street Journal reportou no último domingo que o conselho da Microsoft decidiu que o envolvimento de Gates com a funcionária era inapropriado, e ele precisava se demitir em 2020, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
O porta-voz da Microsoft não quis comentar se o conselho decidiu o que Gates deveria fazer.
Em uma declaração ao Wall Street Journal, um porta-voz de Gates afirmou que sua decisão de deixar o conselho da Microsoft não tinha nada a ver com seu envolvimento com a funcionária.
"Houve um caso, há quase 20 anos, que terminou amigavelmente. A decisão de Bill de fazer a transição para fora do conselho não estava de forma alguma relacionada a este assunto", disse a declaração. "Na verdade, ele havia manifestado interesse em dedicar mais tempo à sua filantropia, que começou vários anos antes."
Um porta-voz da Fundação Gates disse à Reuters que está de acordo com a declaração ao jornal.
O bilionário, que foi cofundador da Microsoft em 1975 e foi seu presidente até 2000, disse em março de 2020 que estava deixando o conselho para se focar mais na filantropia.
Gates e sua esposa Melinda pediram o divórcio no início deste mês, após 27 anos de casamento.