Investing.com - No início da sessão desta quarta-feira, as ações da Minerva (SA:BEEF3) operam com desvalorização de 1,73% a R$ 5,67, em dia que é marcado pela recuperação das ações após a forte queda da véspera. Além disso, o frigorífico informou que seu conselho de administração aprovou na terça-feira um aumento do capital de até R$ 1,059 bilhão.
A proposta prevê a subscrição de até 165 mil ações com preço de 6,42 reais cada. Além disso, os acionistas que participarem da operação receberão bônus que lhes darão o direito de subscrever uma ação adicional. Agora, ela será submetida a aprovação de acionistas em assembleia geral extraordinária.
Para a Mirae Asset, a notícia é positiva para a empresa, mesmo com o minoritário sendo diluído. A visão é que a Minerva irá reduzir significativamente o seu endividamento e ter mais folego financeiro para crescer. O atual upside para a BEEF3 é de 97% e negocia a uma relação EV/Ebitda 2018 de 6,5x e de 5,4x para 2019. A relação dívida líquida / Ebitda esperada para o final do ano, sem o IPO e aumento de capital é de 5,45x.
A Suno Research entende que a decisão da Minerva é indiferente, dado que a avalição racional acerca do business segue o mesmo. Para os analistas, a Minerva é uma companhia que se sobressai por ser uma das líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, gado vivo e seus derivados.
Na visão deles, é um segmento que dificilmente deixará de ter demanda de consumo, porém enxergam não ser este ainda o momento de se interessar pelo setor, muito por conta das muitas notícias veiculadas pela imprensa durante o último ano de 2017, principalmente no segundo trimestre, onde a Operação Carne Fraca foi deflagrada de maneira bastante explícita pelos mais variados veículos de comunicação do Brasil e do mundo.