RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC) declarou a inidoneidade da construtora Iesa Óleo & Gás, após conclusão de processo administrativo de responsabilização, instaurado a partir da Operação Lava Jato, informou o ministério em nota nesta segunda-feira.
A declaração proíbe a empresa de participar de novas licitações e celebrar novos contratos com a Administração Pública por, pelo menos, dois anos.
A empresa foi uma das relacionadas em um escândalo bilionário de corrupção que envolveu políticos, partidos políticos e executivos de diversas empresas.
A eventual reabilitação da empresa está condicionada ao ressarcimento do dano à administração.
O processo administrativo de responsabilização, que durou um ano, utilizou informações compartilhadas pela Justiça Federal e outras colhidas junto a diversos órgãos, incluindo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Petrobras (SA:PETR4).
As investigações concluíram que a Iesa coordenava suas ações junto a concorrentes para reduzir a competitividade em processos licitatórios.
"A construtora combinava previamente com os concorrentes os certames que cada qual deveria vencer e quem faria propostas de cobertura para gerar aparente legitimidade", afirmou o MTFC.
O ministério também afirmou que a empresa pagava propinas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da operação Lava Jato, que admitiu participar do esquema de corrupção.
(Por Marta Nogueira)