Paris, 24 jan (EFE).- A Liga de Futebol Profissional (LFP) da França anunciou nesta sexta-feira que o Monaco se comprometeu a pagar 50 milhões de euros ao organismo para poder seguir jogando no país e compensar as vantagens fiscais do Principado frente ao resto de clubes da competição.
"O Monaco se comprometeu a transferir uma quantidade voluntária, fixa e definitiva de 50 milhões de euros à LFP e abandonar o recurso apresentado perante o Conselho de Estado", indicou o Campeonato Francês em comunicado.
A audiência perante a máxima instância administrativa da França estava programada para a próxima quarta-feira.
O acordo, que confirma a informação antecipada por vários meios de comunicação franceses, põe fim a um litígio de um ano entre ambas as partes e evita que o Monaco tenha que transferir sua sede para solo francês para competir no campeonato do país.
A LFP não ofereceu detalhes sobre a forma de pagamento que, segundo publicaram os jornais "Les Echos" e "L'Equipe", será feito em duas parcelas de 25 milhões de euros em dois anos.
A origem do conflito ocorreu a partir de uma decisão do conselho de administração da LFP de 21 de março, na qual obrigava que todas as equipes estivessem radicadas formalmente na França e assim fossem submetidas às mesmas condições fiscais para evitar problemas por este motivo.
As negociações começaram no mês seguinte, mas houve discórdia depois que a formação do Principado, propriedade do magnata russo Dmitry Rybolovlev, considerou "totalmente inaceitável" os 200 milhões de euros que disse que o presidente da Federação Francesa de Futebol, Noël Le Graet pediu.
"O projeto do Monaco deve permitir impulsionar o futebol francês e isso foi compreendido", declarou no site do clube seu presidente, que acrescentou que "desde o início, o clube queria chegar a um acordo inteligente que fosse conveniente para todos em um clima propício de negociação".
Por sua vez, o Governo do Principado se uniu também, através de um comunicado, à "satisfação" do acordo que "põe um fim definitivo" às diferenças entre o clube e a LFP. EFE