Nova York, 19 fev (EFE).- A agência Moody's anunciou nesta terça-feira que retirou sua classificação de risco para a estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA).
Em comunicado, a Moody's afirmou que a decisão se deve a "motivos de negócio", sem dar mais detalhes.
A agência, uma das três grandes qualificadoras de risco do mundo, lembrou que, no momento da retirada, sua classificação para PDVSA era um C, a nota mais baixa, com perspectiva estável.
A companhia petrolífera venezuelana se viu nos últimos anos golpeada por uma crise de produtividade e por investigações de corrupção e se encontra atualmente no centro da disputa pelo poder no país.
O autoproclamado presidente em exercício da Venezuela, Juan Guaidó, designou uma junta para controlar a empresa e suas filiais após receber autorização do parlamento, de maioria opositora.
Essa decisão foi considerada nula pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e o presidente do país, Nicolás Maduro, advertiu a esses diretores que serão submetidos à Justiça.
Entre os ativos da PDVSA está a CITGO, sua filial nos Estados Unidos, um dos mais valiosos com os quais conta o Estado venezuelano.
As ações de Guaidó e do parlamento fazem parte da ofensiva opositora para debilitar Maduro e forçá-lo a abandonar o poder, que exerce desde 2013.
A oposição alega que o presidente "usurpa" desde janeiro o cargo de presidente, quando assumiu um novo mandato de seis anos que não é reconhecido por boa parte da comunidade internacional.
O líder chavista venceu com folga os pleitos de maio do ano passado, dos quais não participou o grosso da oposição por considerá-los fraudulentos.