Investing.com - Para a agência de classificação risco Moody’s, o adiamento da votação da reforma da Previdência para fevereiro de 2018 é um fator de crédito negativo e é um indicativo do fraco apoio à proposta. Com esse cenário, o Ibovespa recua 0,84% aos 72.304,79 pontos.
Em comunicado, a Moody’s afirmou que o adiamento “aumenta a possibilidade de que a reforma não seja aprovada no ano que vem, dada a incerteza em torno das eleições presidenciais”.
A agência entende que esse adiamento fortalece as preocupações sobre a capacidade de o governo cumprir o teto dos gastos e endereçar efetivamente as tendências fiscais adversas que têm gerado uma persistente deterioração do perfil de crédito do país nos últimos anos.
Brasil tem rating Ba2 na Moody’s, que situa o país no grau especulativo, ou seja, considerado mau pagador de dívidas. A perspectiva é negativa, o que indica possibilidade de um rebaixamento.
Mais cedo, o jornal Folha de S. Paulo, informou que a Fitch Ratings avisou que no cenário sem as reformas rebaixará a nota de crédito brasileiro, levando em consideração a deterioração do quadro fiscal.
Em novembro, a Fitch tinha reafirmado a perspectiva negativa do rating brasileiro, ressaltando que o cenário político era complicado e dificultava a aprovação da reforma da Previdência. Para a agência, a nota brasileira é limitada por fraquezas estruturais nas finanças públicas, endividamento elevado e perspectiva de crescimento fraco.