Por Michael Elkins
O Morgan Stanley (NYSE:MS) reiterou a classificação de “overweight” (acima da média) para a Ford (NYSE:F) e cortou o preço-alvo da ação em US$ 1, para US$ 14, após a montadora divulgar seus resultados para o 4º tri. A Ford ficou abaixo das expectativas para o período em 30%, único grande resultado aquém das estimativas no setor automotivo até agora na temporada de balanços. Esse desempenho deixou os investidores sem saber ao certo qual será a estratégia da companhia daqui para frente.
Os analistas escreveram em nota: “defendemos nossa recomendação para as ações da Ford, após os resultados da companhia ficarem bem abaixo das expectativas no 4º tri. Respeitamos quando uma equipe de gestão admite abertamente os erros de execução e reconhece as lacunas operacionais em relação à concorrência? Sem dúvida. Mas a gerência da Ford deve agora fornecer um plano de melhora dos resultados e demonstrar o progresso, a fim de evitar um corte maior nas recomendações do papel”.
Diante da forte alta de juros recente, medidas relacionadas a preços e mix podem exercer grande pressão sobre as margens. Os analistas acreditam que a Ford tem a oportunidade de encontrar medidas de cortes de custos em seu portfólio e usos alternativos de capital, à medida que reavalia o cenário.
O Morgan Stanley prevê que a Ford gerará US$ 159 bilhões de receita no EF23 e entregará 4,4 milhões de unidades no EF23, contra 4,3 milhões anteriormente. Eles preveem que a Ford gerará US$ 7,9 bilhões em Ebit ajustado no EF23, contra 8,2 anteriormente, enquanto as estimativas de LPA em 2023 e 2024 saíram de 1,30 para 1,28 e de 1,40 para 1,24 respectivamente.
As ações da F registravam queda de 0,42% às 13h04 de Brasília nesta terça-feira.