Por Senad Karaahmetovic
O estrategista-chefe de ações americanas do Morgan Stanley (NYSE:MS) (BVMF:MSBR34) afirma que a pressão de venda no mercado dos EUA pode finalmente perder força, pelo menos no curto prazo.
Embora os EUA tenham testemunhado mais um índice de preços ao consumidor aquecido na semana passada, o estrategista argumenta que esse tipo de dado “está voltado ao passado e nos diz pouco sobre o futuro”.
“Em nossa visão, a inflação já atingiu o pico nos EUA e pode cair rapidamente no próximo ano, à medida que as bases comparativas se tornam mais difíceis. Isso implicaria taxas mais baixas na ponta final da curva, o que pode acabar dando suporte às ações até que os resultados sejam cortados, como esperamos, ou uma forte recessão acabe ocorrendo”, afirmou em nota aos clientes.
O estrategista considera que os aspectos técnicos estão sobrepujando os fundamentos. Nessa linha, um dos analistas mais pessimistas em Wall Street em 2022 enxerga uma oportunidade de aproveitar um “rali tático”.
Entre outros fatores, ele também ressaltou que as recessões demoram a acontecer, de acordo com dados históricos.
“Embora pareça que o ciclo de revisão para baixo dos LPAs já esteja em vigor há algum tempo, só se passaram três meses desde o pico no início de julho nos números. Geralmente leva tempo para que haja consenso na formação de um fundo”, acrescentou.
Por fim, o estrategista reiterou sua “visão positiva” para o setor de saúde até o fim do ano.