Por Christoph Steitz e Tom Käckenhoff
FRANKFURT/DUSSELDORF (Reuters) - A maior prestadora de serviços públicos da Alemanha E.ON deve ter o maior prejuízo líquido da história quando apresentar seus resultados na quarta-feira, atingida por enorme baixa contábil no negócio de usinas elétricas e petróleo e gás, disseram à Reuters três fontes familiarizadas com o assunto.
A E.ON, como outras companhias alemãs, tem sido atingida por uma prolongada crise no setor, com os preços de venda de energia no atacado despencando as usinas de energia a carvão ou combustível sendo substituídas por energia solar e eólica.
Encargos de cerca de 8 bilhões de euros no negócio de geração de energia da companhia, como também sua unidade de petróleo e gás, vai levar seu prejuízo líquido para ao menos 5 bilhões de euros nos primeiros nove meses do ano, disseram as fontes, e o maior prejuízo na história da empresa.
A E.ON alertou em setembro que iria divulgar prejuízo líquido neste ano que pode seria de "um digito médio de bilhões de euros" devido às grandes baixas contábeis, que analistas esperavam no terceiro trimestre. Mas ela não deu detalhes, como em que partes do negócio iria registrar os prejuízos.
"A E.ON está tirando os esqueletos do armário", disse uma das fontes. "Os prejuízos têm há muito sido postergados."
A fonte acrescentou ainda que os ativos despencaram em valor após anos de queda nos preços de venda no atacado da energia elétrica, que colocaram muitas usinas no vermelho.