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Planos opostos mantêm queda-de-braço nos EUA para elevar teto da dívida

Publicado 25.07.2011, 20:12

Washington, 25 jul (EFE).- Republicanos e democratas continuaram nesta segunda-feira a queda-de-braço sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos após a apresentação de dois planos opostos, a pouco mais de uma semana da data limite para conseguir um acordo e evitar a moratória.

Os Estados Unidos alcançou no último mês de maio o teto de endividamento de US$ 14,3 trilhões e a Casa Branca deixou claro que o Congresso deve aumentar o teto da dívida para o dia 2 de agosto ou, caso contrário, o Governo ficará sem fundos para pagar suas faturas.

No entanto, após um final de semana com reuniões constantes, declarações de boas intenções e patente falta de acordo, os dois principais partidos americanos não parecem dispostos a dar o braço a torcer e reiteraram o choque frontal de suas posições.

De maneira quase simultânea, o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, e o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, revelaram na tarde desta segunda-feira suas propostas de corte da despesa para reconduzir as contas públicas e permitir uma elevação do teto da dívida.

Tradicionalmente, o Congresso autoriza o Governo sem maiores problemas a aumentar seu limite de endividamento, mas nesta ocasião os republicanos - majoritários na Câmara baixa - exigem um corte paralelo do déficit de magnitude igual ou maior à quantidade que o teto de dívida vai ser aumentado.

Os democratas concordam com o ajuste fiscal, mas querem alcançá-lo mediante uma combinação que contemple não só a redução das despesas, mas também o aumento da receita.

O plano de Reid contabilizou os cortes em US$ 2,7 trilhões nos próximos dez anos e está baseado principalmente na diminuição dos orçamentos de agências federais, inclusive o Pentágono e a despesa militar como consequência da retirada ao longo da década das tropas no Iraque e no Afeganistão.

Como concessão, os democratas parecem deixar de lado por enquanto o aumento de impostos, apesar da insistência do presidente Barack Obama de um enfoque equilibrado que inclua a alta tributária para pessoas mais ricas. Mas querem, em qualquer caso, um acordo que dure além de 2012, ano no qual Obama tentará a reeleição.

Por sua parte, Boehner insistiu em uma proposta em duas fases que reduziria o total do déficit dos EUA em US$ 3 trilhões, mas exigiria uma nova votação sobre o limite da dívida no início de 2012 no Congresso e estaria ligado à criação de um comitê que ofereceria recomendações específicas de cortes.

É neste aspecto que as posturas de republicanos e democratas seguem desencontradas, uma vez que Obama reiterou em numerosas ocasiões sua preferência por um pacto de longo prazo que dissipe a incerteza sobre a economia dos EUA.

O presidente foi rápido em classificar o plano democrata como uma "proposta razoável" e bipartidária e pediu a colaboração dos republicanos.

"Diante da postura de ou tudo ou nada, de curto prazo, dos republicanos, o senador Reid propôs um compromisso responsável que reduz a despesa de uma maneira que protege investimentos fundamentais e não danifica a recuperação econômica", disse a Casa Branca em comunicado.

Obama anunciou que discursará à nação sobre a situação das negociações ainda na noite desta segunda-feira.

Fontes republicanas anunciaram que Boehner deve submeter o plano à votação na quarta-feira na Câmara dos Representantes e a expectativa é que no mesmo dia possa começar a votação do plano democrata no Senado.

No entanto, cada partido conta com maioria em apenas uma Câmara: democratas no Senado e republicanos na Câmara dos Representantes, por isso precisarão chegar a um acordo para que a proposta seja aprovada em ambas instâncias.

"O tempo está acabando. Acho que seria irresponsável por parte do presidente vetar esta lei porque é um plano sensato e nos ajudaria a evitar moratória", declarou Boehner ao apresentar seu plano.

O Tesouro dos EUA advertiu dos perigos de uma moratória, ao indicar as "consequências catastróficas" para a economia americana e mundial, conceito partilhado nesta segunda-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que instou ao país a solucionar o problema de forma urgente.

Várias agências de qualificação de crédito alertaram sobre a possível revisão à queda da classificação da dívida púbica americana. EFE

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