Investing.com - Os resultados operacionais do 4T21 da MRV (SA:MRVE3) apresentaram lançamentos sólidos, mas um FCF decepcionante, segundo o BTG Pactual (SA:BPAC11). Isso deverá, pelo menos em um futuro próximo, ter um impacto na alavancagem da construtora.
Os novos projetos lançados no Brasil somaram R$ 2,23 bilhões no trimestre passado, uma alta anual de 5% e em linha com as previsões do BTG. Já sobre o FCF, a MRV registrou uma queima de caixa consolidada de R$ 128 milhões, uma vez que continuou a fazer aquisições antecipadas de materiais de construção para evitar escassez e a alta inflação no setor.
Para o BTG, esse cash burn do FCF deve elevar a alavancagem da MRV, enquanto a margem bruta nas operações de baixa renda deve permanecer pressionada, levando a um momento mais difícil de curto prazo.
A receita líquida das operações brasileiras foi de R$ 1,63 bilhão no 4T21, uma queda de 8% em comparação com o 4T20 e 15% abaixo da previsão do banco. Desse valor total, R$ 1,47 bilhão vem do segmento de baixa renda, R$ 58 milhões da Urba e R$ 106 milhões da empresa multifamiliar Luggo.
A velocidade de vendas também ficou abaixo da projeção de 17% do BTG, em 15% no último trimestre de 2021, resultado também menor que os 19% do último trimestre de 2020.
A recomendação do BTG é de compra das ações da MRV, com preço-alvo em R$ 23.
Às 15h40, as ações da MRV caíam 3%, a R$ 10,67.