Investing.com – O índice Nasdaq 100 entrou em território de correção na sexta-feira, refletindo uma mudança no sentimento que predominava há algumas semanas.
A queda de hoje foi precipitada por um relatório de empregos (payroll) para julho mais fraco do que o esperado. O índice, com grande peso em ações de tecnologia, registrou uma queda de 2,3% logo na abertura do mercado.
"Estamos ajustando nossa projeção para incluir um corte de 25 pontos-base em setembro e outro em dezembro", afirmaram os estrategistas do Jefferies em uma nota recente.
Por sua vez, economistas do Citi indicaram que o Federal Reserve poderá ser compelido a implementar pelo menos um corte de 50 pontos-base nas taxas de juros ainda este ano, dada a rápida deterioração dos dados econômicos.
Os investidores estão se distanciando das grandes ações de tecnologia, que sustentaram o mercado no começo do ano. O Nasdaq 100 já recuou mais de 10% desde o pico alcançado no mês passado, ultrapassando o limiar comumente utilizado para definir uma correção de mercado.
Apesar da recente queda, o índice ainda acumula um ganho aproximado de 10% desde o início do ano.
A recente baixa foi agravada pelos relatórios de lucros trimestrais abaixo das expectativas de gigantes da tecnologia, como Amazon (NASDAQ:AMZN) e Intel (NASDAQ:INTC). Esses resultados elevaram a inquietação dos investidores, juntamente com a não realização das expectativas financeiras previstas com as inovações em tecnologia de inteligência artificial.
Além disso, outros grandes nomes do setor tecnológico, como Alphabet (NASDAQ:GOOGL) e Tesla (NASDAQ:TSLA), também reportaram lucros abaixo do esperado no começo da temporada de resultados. O Nasdaq 100 sofreu uma queda substancial de 3,7% no dia 24 de julho, marcando sua maior perda diária desde outubro do ano passado.
Contrariamente à tendência geral, algumas empresas de tecnologia, como a Meta Platforms (NASDAQ:META), divulgaram relatórios de lucros robustos.
Contudo, o panorama geral da temporada de lucros não foi suficiente para dissipar as preocupações dos investidores sobre as perspectivas de crescimento em inteligência artificial e outros segmentos críticos da tecnologia.