Por Helen Coster
(Reuters) - O The New York Times nomeou Joseph Kahn como editor executivo nesta terça-feira.
Kahn, editor-chefe do jornal, segundo cargo mais importante na redação desde setembro de 2016, sucederá Dean Baquet.
Baquet, 65 anos, está no posto de editor-executivo desde 2014. O The New York Times disse que ele permanecerá na empresa para liderar um novo empreendimento, sem dar mais detalhes.
"Alguns interpretarão essa promoção como um sinal de confiança em nosso caminho atual. Isso é verdade", disse o presidente do conselho do The New York Times e editor A.G. Sulzberger num memorando interno. "Sob Dean e Joe, o Times se fortaleceu em praticamente todos os sentidos."
O executivo acrescentou: "O Times tem uma prática de longa data de editores deixando o comando aos 65 anos, o que Dean queria honrar, dada sua forte crença de que Joe está mais do que pronto para ocupar seu cargo".
Sob Baquet, primeiro editor-executivo negro do The New York Times, o jornal de 171 anos enfrentou ataques do ex-presidente dos EUA Donald Trump, cujo período à frente do país levou a um aumento no número de leitores pagantes.
Em fevereiro, a empresa disse que atingiu a meta de 10 milhões de assinaturas, bem antes da projeção de alcançar a marca em 2025, e estabeleceu um novo objetivo de pelo menos 15 milhões de assinantes até o final de 2027.
A mudança para um modelo mais baseado em assinatura foi uma tentativa de solucionar as falhas da estratégia tradicional ligada à publicidade na era digital.
Durante o comando de Baquet, o The New York Times ganhou 18 prêmios Pulitzer, considerado o mais prestigiado do jornalismo nos EUA. O jornal se expandiu além de sua base de notícias impressa e digital, apresentando produtos em categorias como culinária, dicas de compras e quebra-cabeças, como o jogo Wordle, adquirido em janeiro.
Naquele mês, a empresa também comprou o negócio de mídia esportiva digital baseada em assinatura The Athletic, por 550 milhões de dólares. Em 2020, o The New York Times comprou a Serial Productions, empresa por trás do podcast "Serial", por mais de 25 milhões de dólares. E em 2016, adquiriu os sites de críticas de produtos The Wirecutter e Sweethome por mais de 30 milhões de dólares.
(Por Helen Coster, em Nova York)