SÃO PAULO/TÓQUIO (Reuters) - O ex-presidente do conselho de administração da Nissan Carlos Ghosn e seus representantes ainda não têm direito a acessar um disputado apartamento no Rio de Janeiro, afirmou a montadora japonesa de veículos depois que um tribunal no Brasil permitiu a entrada deles na véspera.
Segundo a decisão do tribunal vista pela Reuters na véspera, Ghosn, preso no Japão acusado de fraude financeira, e sua filha poderiam acessar o apartamento para recolher pertences pessoais. Porém, a Nissan afirmou que a decisão é irrelevante por causa de uma ordem anterior de uma instância judicial mais alta.
"Como ainda há uma decisão de uma instância superior que sustenta o pedido atual da Nissan, a atual situação é que os representantes de Ghosn não podem acessar o apartamento", disse Nicholas Maxfield, porta-voz da Nissan.
A Nissan afirma que o apartamento tem três cofres que podem conter evidência contra Ghosn que pode ser perdida se pessoas próximas a ele entrarem no local.
Ghosn está preso em Tóquio desde 19 de novembro.
Um representante da família de Ghosn nos Estados Unidos não comentou o assunto.
(Por Marcelo Rochabrun)