Varsóvia, 22 out (EFE).- Vários premiados com o Nobel da Paz, que participaram em Varsóvia (Polônia) de uma conferência anual que reúne os laureados, defenderam nesta terça-feira a redução dos gastos em armamentos e o aumento dos investimentos na educação e na igualdade de oportunidades.
Os participantes do fórum "Vozes ignoradas. Desigualdades na Justiça Social" discutiram sobre o momento em que começa a responsabilidade dos ricos em relação aos pobres, como a prestação de socorro, e se esse apoio tem que ser controlado para evitar que acabe alimentando regimes corruptos.
Colin Archer, secretário-geral do Escritório Internacional da Paz (IPB), organismo que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1910 por ter "servido como enlace entre associações pacifistas de muitos países", defendeu a necessidade de uma mudança de prioridades".
Neste contexto, lembrou que os gastos em armamento são dez vezes superiores à ajuda oficial que se destinam aos países que a necessitam, algo que torna impossível enfrentar "o desafio da desigualdade".
"Nossa forma de ajudar é obsoleta, não somos capazes de ajudar todos os pobres do mundo", lamentou Archer.
Jayanta Dhanapala , presidente da organização Pugwash, Nobel em 1995 por suas conferências internacionais sobre ciência e assuntos mundiais, também pediu para se "gastar menos dinheiro em armamento a fim de conseguir um maior desenvolvimento para a população".
"Como se observa no mundo globalizado de hoje, existem normas mas também dois pesos e duas medidas e este é um dos principais problemas", acrescentou.
Dhanapala se referiu ainda ao relatório da ONU sobre o desenvolvimento humano, que também ressalta a importância do investimento em educação e saúde, algo "importante porque o desenvolvimento deve se concentrar nas pessoas, ninguém pode ser deixado para trás, todos temos que crescer juntos e isto ajudará a fortalecer a democracia".
Para Shan Cretin, do American Friends Services Committee (AFSC), organização que recebeu o Nobel da Paz em 1947, o grande problema é que as "vozes que pedem igualdade não são escutadas".
"Pensamos que somos privilegiados, com acesso aos conhecimentos e recursos porque merecemos e esquecemos que nossa riqueza só é o resultado de onde nascemos". EFE
Os participantes do fórum "Vozes ignoradas. Desigualdades na Justiça Social" discutiram sobre o momento em que começa a responsabilidade dos ricos em relação aos pobres, como a prestação de socorro, e se esse apoio tem que ser controlado para evitar que acabe alimentando regimes corruptos.
Colin Archer, secretário-geral do Escritório Internacional da Paz (IPB), organismo que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1910 por ter "servido como enlace entre associações pacifistas de muitos países", defendeu a necessidade de uma mudança de prioridades".
Neste contexto, lembrou que os gastos em armamento são dez vezes superiores à ajuda oficial que se destinam aos países que a necessitam, algo que torna impossível enfrentar "o desafio da desigualdade".
"Nossa forma de ajudar é obsoleta, não somos capazes de ajudar todos os pobres do mundo", lamentou Archer.
Jayanta Dhanapala , presidente da organização Pugwash, Nobel em 1995 por suas conferências internacionais sobre ciência e assuntos mundiais, também pediu para se "gastar menos dinheiro em armamento a fim de conseguir um maior desenvolvimento para a população".
"Como se observa no mundo globalizado de hoje, existem normas mas também dois pesos e duas medidas e este é um dos principais problemas", acrescentou.
Dhanapala se referiu ainda ao relatório da ONU sobre o desenvolvimento humano, que também ressalta a importância do investimento em educação e saúde, algo "importante porque o desenvolvimento deve se concentrar nas pessoas, ninguém pode ser deixado para trás, todos temos que crescer juntos e isto ajudará a fortalecer a democracia".
Para Shan Cretin, do American Friends Services Committee (AFSC), organização que recebeu o Nobel da Paz em 1947, o grande problema é que as "vozes que pedem igualdade não são escutadas".
"Pensamos que somos privilegiados, com acesso aos conhecimentos e recursos porque merecemos e esquecemos que nossa riqueza só é o resultado de onde nascemos". EFE