A imposição de tarifas de 25% sobre todos os produtos chineses, ameaça do presidente dos EUA Donald Trump, deverá afetar o crescimento econômico da maior potência do mundo, de acordo com Lewis Alexander, economista-chefe da Nomura nos EUA.
“Sendo franco, no frigir dos ovos, é provável que [o aumento das tarifas] seja um obstáculo ao crescimento dos EUA ao invés de neutro”, afirmou à CNBC, durante fórum econômico em Cingapura.
A continuidade da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo acontece em um período de “clara desaceleração” dos EUA, segundo Alexander.
Além disso, o economista-chefe da Nomura afirmou que “a maior coisa” que deverá afetar o crescimento e as decisões do Federal Reserve será como a guerra comercial afetará a confiança dos empresários e a intenção de investimento nos próximos meses.
Apesar da desaceleração, Carmen Reinhart, professora da Harvard Kennedy School, disse no fórum da Nomura que o Fed está certo em manter a paciência em possível flexibilização monetária.
“Não podemos perder de vista que a taxa de desemprego nos EUA está no patamar mais baixo desde 1960. A economia está — sob qualquer métrica — ainda operando perto do pleno emprego”, completou a acadêmica.