OSLO (Reuters) - O grupo norueguês Norsk Hydro obteve permissão das autoridades brasileiras para reiniciar a produção na refinaria de alumina Alunorte, a maior do mundo, localizada no Pará, com metade da capacidade, informou a produtora de metais em comunicado divulgado nesta terça-feira.
A empresa disse na semana passada que fecharia a refinaria, bem como a mina de bauxita de Paragominas, em meio a uma disputa ambiental persistente que manteve as instalações operando a 50 por cento da capacidade desde março.
A decisão de fechar a refinaria e de demitir 4.700 pessoas foi tomada quando o depósito de resíduos de bauxita da empresa estava prestes a atingir sua capacidade total, mas a Hydro conseguiu na segunda-feira a permissão para usar uma tecnologia para aliviar a situação, disse a empresa.
"A Alunorte deverá ser capaz de aumentar a produção em até 50 por cento em duas semanas", disse a Hydro sobre a usina, que tem capacidade total para produzir cerca de 6,4 milhões de toneladas de alumina, ou 10 por cento da capacidade mundial fora da China.
"A Hydro mantém o diálogo com todas as autoridades relevantes para retomar a produção total da Alunorte e normalizar suas operações no Brasil", acrescentou.
A produção da Alunorte, o suficiente para produzir mais de 3 milhões de toneladas de alumínio por ano, é vendida para usinas de metal em todo o mundo, incluindo instalações próprias da Hydro na Noruega e no Brasil, e as paralisações elevaram os preços globais do metal.
A fundição da Albras, uma joint venture entre a Hydro e a Nippon Amazon (NASDAQ:AMZN) Aluminium e localizada ao lado da planta de alumina, será capaz de manter a produção de alumínio a uma taxa anual de 230 mil toneladas por ano, metade de sua capacidade, em linha com os anúncios feitos em abril.
(Reportagem de Terje Solsvik)