Por Lucy Craymer
WELLINGTON (Reuters) - A Nova Zelândia disse nesta sexta-feira que proibirá o TikTok em dispositivos com acesso à rede parlamentar do país devido a questões de segurança, entrando assim para a lista de países que limitaram o uso do aplicativo de compartilhamento de vídeo em aparelhos relacionados ao governo.
Preocupações aumentaram globalmente sobre o potencial do governo chinês de acessar a localização de usuários e de dados de contato por meio da ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok.
Na Nova Zelândia, o TikTok será banido de todos os dispositivos com acesso à rede do parlamento até o final de março.
O chefe-executivo do Serviço Parlamentar, Rafael Gonzalez-Montero, disse em um e-mail que a decisão foi tomada após aconselhamento de especialistas em segurança digital e discussões dentro do governo e com outros países.
Algumas exceções especiais poderão ser feitas para aqueles que precisam do aplicativo para fazer seu trabalho, acrescentou.
A ByteDance não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
Tanto a força de defesa da Nova Zelândia quanto o Ministério das Relações Exteriores e Comércio disseram na sexta-feira que já haviam implementado proibições do TikTok em dispositivos de trabalho.
Um porta-voz da Força de Defesa da Nova Zelândia disse em um e-mail à Reuters que a medida foi uma "abordagem preventiva para proteger a segurança" do pessoal.
Na quinta-feira, o Reino Unido proibiu o aplicativo em telefones do governo com efeito imediato. As agências governamentais dos Estados Unidos têm até o final de março para excluir o aplicativo dos dispositivos oficiais.
O TikTok disse acreditar que as proibições recentes são baseadas em "equívocos fundamentais" e impulsionadas por uma geopolítica mais ampla, acrescentando que gastou mais de 1,5 bilhão de dólares em rigorosos esforços de segurança de dados e rejeita as alegações de espionagem.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira que os dois países devem "parar de estender demais e abusar do conceito de segurança nacional e fornecer uma solução justa e ambiente não discriminatório para empresas de todos os países".
(Por Lucy Craymer, Lewis Jackson, Renju Jose e Josh Ye)