Por Katie Paul
MENLO PARK, Califórnia (Reuters) - A Meta usou conteúdos públicos do Facebook (NASDAQ:META) e do Instagram para treinar seu novo assistente virtual, o chatbot Meta AI, mas dispensou publicações privadas compartilhadas apenas com familiares e amigos para respeitar a privacidade dos consumidores, disse um executivo da empresa em entrevista à Reuters.
A gigante das redes sociais também não usou bate-papos particulares como dados de treinamento para o modelo e tomou medidas para filtrar detalhes privados de conjuntos de dados públicos utilizados para treinamento, disse o presidente para Assuntos Globais da Meta, Nick Clegg, nos bastidores da conferência anual da empresa essa semana.
"Tentamos excluir conjuntos de dados com grande preponderância de informações pessoais", disse Clegg, acrescentando que a "grande maioria" dos dados utilizados pela Meta estava disponível publicamente.
Ele citou o LinkedIn como exemplo de site cujo conteúdo a Meta deliberadamente optou por não usar, por questões de privacidade.
Os comentários de Clegg ocorrem no momento em que empresas de tecnologia, como Meta, OpenAI e Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), têm sido criticadas por usarem informações coletadas da internet sem permissão para treinar seus modelos de IA.
Os conteúdos públicos do Facebook e do Instagram usados para treinar o Meta AI incluíam texto e fotos, disse Clegg.
Ele disse que a empresa também impôs restrições de segurança sobre o conteúdo que a ferramenta pode gerar, como a proibição da criação de imagens fotorrealistas de figuras públicas.
Um porta-voz da Meta, questionado se a empresa havia tomado medidas para evitar a reprodução de imagens protegidas por direitos autorais, apontou novos termos de serviço que proíbem os usuários de gerar conteúdo que viole a privacidade e os direitos de propriedade intelectual.