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NTN-B tem ganho de 10% em 30 dias e 72% em 12 meses com queda dos juros, mas risco agora é maior

Publicado 05.06.2019, 18:39
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SANB11
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Arena do Pavini - Com ganhos de até 72% em 12 meses, os títulos do Tesouro Nacional aparecem com uma das melhores rentabilidades do mercado financeiro, graças à queda das taxas de juros. Os títulos longos, corrigidos pela inflação, as NTN-B ou Tesouro IPCA+, foram os mais beneficiados pela queda das taxas. O juro real desses papéis, com vencimento em 2035 e 2045, com pagamento no final, caiu, de 6% ao ano em junho de 2018 para para 3,94% hoje.

Com isso, os preços dos títulos, que tinham juros mais altos, se valorizaram. O papel IPCA+ 2045 sobe 10,39% em 30 dias, 33,18% no ano e 72,19% em 12 meses. O mais curto, IPCA+ 2035, tem ganho de 6,55% em 30 dias, mais que o juro de um ano da Selic, 21,29% no ano e 45,39% em 12 meses.

Os papéis com juros semestrais de mesmo prazo têm ganhos menores, pois o investidor recebe antes os juros. O IPCA+ com juros semestrais sobe 4,86% em 30 dias, 17,04% no ano e 37,64% em 12 meses. Nada mau, mesmo assim.

O ganho com a queda de juros nesses títulos é uma antecipação do retorno a mais que o investidor que comprou esse papel lá atrás terá em relação a quem comprar o título hoje. Ou seja, para igualar o ganho de quem comprou o papel que pagava IPCA mais 6% ao ano até 2045, pelo juro atual de 3,94%, seria preciso pagar 72% a mais hoje. Mas quem não quiser vender o papel agora vai continuar ganhando seus 6% ao ano até 2045, mais IGP-M.

Espaço para quedas diminui

Este é um ganho, porém, extraordinário, que não deve se repetir no médio prazo. O motivo é que o espaço para queda das taxas longas de juros é menor agora, mesmo considerando os padrões internacionais. O juro dos títulos do Tesouro dos EUA, hoje em torno de 2,12% ao ano em dólar, deixa um prêmio de risco de 1,82 ponto percentual em relação ao papel brasileiro 2035, que paga 3,94%.

Hora de diversificar

Por isso, analistas recomendam para quem tem esses papéis avaliar se não é o caso de antecipar esse ganho e diversificar ao menos parte da aplicação, colocando um pouco em outros tipos de papéis ou ativos. Uma sugestão são papéis pós-fixados, as LFTs, ou Tesouro Selic, que podem acompanhar uma alta dos juros que eventualmente ocorra no médio prazo em caso de instabilidade ou mudança no cenário de votação da Previdência ou no cenário externo. Já o Private Bank do Santander (SA:SANB11) sugere a redução da aplicação em juros reais e a diversificação com ações.

Private do Santander recomenda ações

“Nós reduzimos a alocação… …em juros reais, por acreditarmos que as taxas já teriam incorporado muito do potencial de declínio em virtude do cenário local de baixo crescimento e de perspectivas melhores para as contas públicas a longo prazo. Ou seja, vemos os ganhos remanescentes menores daqui em diante e, portanto, preferimos estar posicionados mais expressivamente na bolsa, ativo que cremos ter maior upside”, diz o Santander em relatório. Ações passaram de estabilidade, ou neutro, para comprar, ou overweight.

Já nos juros prefixados, a queda das taxas também beneficiou os títulos, mas em menor grau, pois seu prazo é menor e o impacto do ajuste dos preços aos juros também é menor. Mesmo assim, um Tesouro Prefixado (LTN) com vencimento em 2025 teve ganho de 4,99% em 30 dias, de 10,18% no ano e 32,86% em 12 meses.

Esses ganhos devem ter reflexos nos fundos de renda fixa em geral, mas especialmente nos renda fixa inflação duração longa, que aplicam em NTN-B mais longas. Também os fundos multimercados devem apresentar ganhos maiores, já que muitos gestores apostavam na queda dos juros.

Por Arena do Pavini

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