Por Fanny Potkin
CINGAPURA (Reuters) - A Nvidia (NASDAQ:NVDA) está trabalhando em uma versão de novos chips de inteligência artificial para o mercado chinês que seria compatível com os atuais controles de exportação dos Estados Unidos, disseram quatro fontes familiarizadas com o assunto.
Em março, a gigante dos chips de IA revelou a família de chips "Blackwell", que deverá ser produzida em massa ainda neste ano. Dentro da série, o B200 é 30 vezes mais rápido do que o antecessor em algumas tarefas, como fornecer respostas de chatbots.
A Nvidia trabalhará com a Inspur, uma de suas principais parceiras distribuidoras na China, no lançamento e na distribuição do chip, que é provisoriamente chamado de "B20", disseram duas das fontes. As remessas do "B20" estão planejadas para começar no segundo trimestre de 2025, disse uma outra fonte à Reuters.
Um porta-voz da Nvidia não quis comentar. A Inspur não respondeu a pedidos de comentários.
Washington reforçou controles sobre exportações de microprocessadores avançados para a China em 2023, buscando retardar os avanços do país asiático na supercomputação.
Desde então, a Nvidia tem desenvolvido três chips adaptados especificamente para o mercado chinês e as restrições norte-americanas.
O advento de controles mais rígidos de exportação dos EUA ajudou a gigante chinesa Huawei e startups a fazerem incursões no mercado doméstico de processadores avançados de IA.
Uma versão de um chip da série Blackwell da Nvidia para o mercado chinês impulsionará os esforços da empresa norte-americana para enfrentar esses desafios.
A China foi responsável por cerca de 17% da receita da Nvidia no ano até o final de janeiro, na esteira das sanções dos EUA, caindo de 26% dois anos antes.