Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A oferta de sete blocos exploratórios de petróleo próximos ao Arquipélago dos Abrolhos, em leilão previsto para quinta-feira, está mantida, mas sob o crivo do poder judiciário, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quarta-feira em seu site.
O anúncio foi feito após determinação da Justiça Federal na Bahia, que determinou ser necessário que a ANP informasse ao público a existência de ação movida pelo Ministério Público, que pede a exclusão das áreas localizadas nas bacias de Camamu-Almada e Jacuípe previstas para o certame.
Além das duas bacias, a licitação prevê a oferta de blocos nas bacias de Pernambuco-Paraíba, Campos e Santos. No total, está prevista a oferta de 36 blocos sob regime de concessão, fora da região delimitada do pré-sal.
Segundo a ANP, o bloco do certame mais próximo a Abrolhos fica a 300 quilômetros de distância.
A oferta de blocos próximos a Abrolhos ocorre em um momento em que as praias do Nordeste estão sendo atingidas há mais de um mês por um petróleo ainda de origem misteriosa.
Segundo o porta-voz do Greenpeace para assuntos de clima e energia, Thiago Almeida, o Brasil tem mostrado despreparo para lidar com os danos causados pelo petróleo no litoral nordestino.
O Ibama, a Marinha e a Petrobras (SA:PETR4) têm trabalhado para reduzir os impactos causados pelo petróleo e na remoção da substância do mar.
O petróleo que tem atingido as praias muito provavelmente é de origem venezuelana, disse nesta quarta-feira o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.