Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de telecomunicações Oi (SA:OIBR3), que está em recuperação judicial, teve prejuízo líquido consolidado de 6,25 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2020, período marcado por queda de receitas e salto no endividamento ano a ano.
Um ano antes, o companhia teve lucro líquido consolidado de 679 milhões de reais, segundo dados disponíveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na madrugada desta terça-feira.
A receita líquida total consolidada caiu 7,4%, para 4,75 bilhões de reais de janeiro a março de 2020, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina recuou 5,8%, para 1,5 bilhão de reais. A margem Ebitda de rotina passou a 32,3%, ante 31,7% um ano antes.
A Oi reportou despesas financeiras de 6,5 bilhões de reais no trimestre, em comparação a uma despesas de 202 milhões no mesmo período do ano anterior, em resultado afetado, principalmente, pelo impacto negativo da forte depreciação cambial no período.
A dívida líquida da companhia cresceu para 18,1 bilhões de reais, de 10,1 bilhões de reais no mesmo período de 2019.
A dívida bruta consolidada alcançou 24,4 bilhões de reais, um salto de 49,3% ano a ano.
A Oi reportou caixa disponível de 6,3 bilhões de reais no final do primeiro trimestre, próximo ao montante registrado um ano antes, mas acima dos 2,3 bilhões de reais no final do ano passado, com a entrada de parte dos recursos da venda da participação na Unitel e emissão de debêntures privadas.
Os investimentos (capex) da Oi nos primeiros três meses deste ano somaram 1,8 bilhão de reais, acréscimo de 4% frente ao mesmo intervalo do ano anterior, mas queda de 9,9% em relação ao último trimestre de 2019.