SÃO PAULO (Reuters) - O grupo de telecomunicações em recuperação judicial Oi (SA:OIBR4) registrou prejuízo líquido de 1,233 bilhão de reais no segundo trimestre, queda de 70,4 por cento ante o resultado negativo de 4,162 bilhões de reais referente ao mesmo período do ano passado.
A companhia, que concluiu a conversão de dívida prevista no plano de recuperação judicial, teve resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, ou de rotina, de 1,563 bilhão de reais, queda de 3,4 por cento em relação ao resultado de 1,617 bilhão de reais apurado no segundo trimestre do ano passado, quando a empresa deu entrada em seu pedido de recuperação judicial. A margem Ebitda ajustada, na mesma comparação, subiu 0,5 ponto percentual para 28,2 por cento.
"Esse resultado reflete a combinação da queda anual da receita no patamar de 5 por cento e de 6,1 por cento nos custos", disse a empresa na noite de segunda-feira na divulgação do resultado trimestral.
A receita líquida total caiu para 5,545 bilhões de reais, impactada pela queda do tráfego de voz, corte nas tarifas reguladas de interconexão e ligação fixo-móvel e alta da taxa de desemprego, influenciando negativamente os volumes de recargas de pré-pago. O crescimento da receita de TV paga residencial e das receitas de dados compensaram parcialmente estes impactos negativos, disse a Oi.
Os custos e as despesas operacionais recuaram para 3,983 bilhões de reais. A Oi destacou que considerando a inflação em 12 meses de 4,4 por cento, as despesas recuaram 10 por cento em termos reais ante o segundo trimestre de 2017.
O resultado financeiro consolidado ficou negativo em 1,199 bilhão de reais, ante resultado negativo de 4,981 bilhões de reais no segundo trimestre de 2017 e resultado positivo de 30,179 bilhões de reais no primeiro trimestre, quando houve ajuste do valor da dívida reestrutura.
A empresa encerrou o trimestre com caixa de 5,199 bilhões de reais, resultando em uma dívida líquida de 10,021 bilhões de reais no segundo trimestre.
(Por Alberto Alerigi Jr e Raquel Stenzel)