GENEBRA (Reuters) - A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselhou na segunda-feira que as pessoas misturem e combinem vacinas contra Covid-19 de fabricantes diferentes, dizendo se tratar de uma "tendência perigosa" porque é preciso ter mais dados sobre o impacto na saúde.
"Esta é uma tendência um pouco perigosa", disse Soumya Swaminathan em uma entrevista coletiva virtual. "Será uma situação caótica nos países se os cidadãos começarem a decidir quando e onde tomarão uma segunda, uma terceira e uma quarta dose."
Também na segunda-feira, Swaminathan qualificou a mistura como uma "zona ausente de dados", mas nesta terça-feira a OMS esclareceu que alguns dados estão disponíveis e que mais são esperados.
Em junho, seu Grupo de Especialistas de Aconselhamento Estratégico para vacinas disse que a vacina da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) poderia ser usada como uma segunda dose após uma dose inicial de AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34) se esta não estiver disponível.
Um teste clínico adicional liderado pela Universidade de Oxford que estudará a mistura da vacina da AstraZeneca com a Pfizer, assim com a da Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34) com a Novovax, está em andamento.
"Dados de estudos de mistura e combinação de vacinas diferentes são esperados – a imunogenicidade e a segurança precisam ser avaliadas", disse a OMS em comentários enviados por email.
As agências de saúde pública deveriam tomar decisões com base nos dados disponíveis, e não indivíduos, acrescentou a OMS.
(Por Emma Farge e John Revill)