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Operação de influência eleitoral na América Latina é ligada a empresa de marketing de Miami

Publicado 04.05.2023, 09:33
Atualizado 04.05.2023, 09:35
© Reuters. Vista do plenário do Congresso de Honduras em Tegucigalpa
08/02/2022 REUTERS/Fredy Rodriguez
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Por Zeba Siddiqui e Christopher Bing

SAN FRANCISCO/WASHINGTON (Reuters) - Uma empresa de marketing digital com sede em Miami esteve por trás de uma série de operações secretas de influência política na América Latina no ano passado, disse nesta semana a proprietária do Facebook, Meta (NASDAQ:META), em uma rara exposição de um aparente equipamento de desinformação baseado nos Estados Unidos.

A Predictvia, registrada como empresa na Flórida, afirma em seu site que está na "linha de frente da luta contra a desinformação" e combate "esforços coordenados para manipular o discurso público".

Analistas da Meta mostraram, no entanto, que a Predictvia administrava uma rede de contas falsas -- quatro no Instagram e 24 no Facebook, junto com 54 páginas no Facebook -- que se apresentavam como meios de comunicação, jornalistas e marcas de estilo de vida.

As contas publicaram críticas ao prefeito da cidade guatemalteca de San Juan Sacatepéquez, Juan Carlos Pellecer, e em Honduras se concentraram em suposta corrupção política e críticas ao presidente do Congresso, Luis Redondo. Nenhum dos políticos respondeu a um pedido de comentário.

A Predictvia também realizou extensas operações de informação que buscavam interferir na política em Honduras e na Guatemala no Twitter, disseram à Reuters dois ex-funcionários do Twitter que pediram anonimato. A extensão da atividade da empresa no Twitter não tinha sido divulgada anteriormente. O Twitter não respondeu aos pedidos de comentários sobre esta reportagem.

"É um padrão clássico que você tende a ver em operações de influência contratadas", disse Ben Nimmo, líder global de inteligência de ameaças da Meta. "Não há uma narrativa única que eles estão divulgando em diferentes países; ela tende a ser muito mais personalizada por país."

O presidente-executivo da Predictvia, Ernesto Olivo Valverde, e outros funcionários graduados da companhia não responderam a vários pedidos de comentários da Reuters.

A Reuters não conseguiu determinar para quem a Predictvia estava trabalhando ou avaliar o sucesso de seus esforços de desinformação.

A Meta afirmou que baniu a Predictvia -- que disse operar tanto na Venezuela quanto nos Estados Unidos -- de seus serviços e enviou uma carta de encerramento.

Autoridades do governo em Honduras e na Guatemala não responderam imediatamente a pedidos de comentários sobre a suposta operação de desinformação contra políticos em seus países.

A Meta diz que elimina regularmente operações de desinformação para manter a integridade de sua plataforma. Afirmou em seu relatório que a investigação sobre a Predictvia foi desencadeada por perguntas da Reuters neste ano.

Cerca de 6.700 contas seguiam uma ou mais páginas do Facebook na rede de influência da Predictvia, e ela tinha 400 seguidores no Instagram, segundo a Meta.

A rede Predictvia também incluiu outras plataformas de mídia social, disse a Meta. Seus analistas encontraram duas contas no Twitter vinculadas à empresa, uma das quais se descreve online como uma organização civil que busca postar "conteúdo verdadeiro" antes das eleições nacionais da Guatemala em junho. Ambas estavam ativas até terça-feira.

No ano passado, a equipe do Twitter rastreou milhares de contas falsas em sua plataforma para um pequeno número de funcionários da Predictvia, disseram à Reuters os ex-funcionários do Twitter, que contaram estar envolvidos na investigação.

© Reuters. Vista do plenário do Congresso de Honduras em Tegucigalpa
08/02/2022 REUTERS/Fredy Rodriguez

"Fiquei surpreso por eles estarem basicamente fazendo tudo isso sozinhos", afirmou um dos funcionários. "Apenas a escala disso foi bastante significativa."

Três ex-funcionários do Twitter disseram à Reuters que o Twitter entregou seus dados sobre as contas falsas em agosto passado a um grupo de pesquisa latino-americano sem fins lucrativos chamado Cazadores de Fake News. Os conjuntos de dados fornecidos aos Cazadores pelo Twitter não mencionam a Predictvia, disseram os ex-funcionários.

(Reportagem de Zeba Siddiqui em San Francisco e Christopher Bing em Washington; Reportagem adicional de Sofia Menchu na Cidade da Guatemala, Gustavo Palencia e Orfa Mejia em Tegucigalpa, e Daina Beth Solomon na Cidade do México)

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