Investing.com - Após a divulgação do último balanço da Oracle (NYSE:ORCL), os analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) elevaram a recomendação das ações da empresa de “venda” para “neutra”, com preço-alvo de US$ 120.
Em uma nota aos investidores, os estrategistas explicaram que a nova recomendação se deve ao sólido balanço do 4º tri fiscal e a uma projeção favorável para o 1º tri fiscal, reduzindo as principais preocupações da tese de venda anterior do banco, relacionadas à maior exigência de despesas de capital para sustentar o crescimento na Gen2 OCI (o que impactava a margem bruta) e às constantes perdas de participação de mercado no negócio principal de banco de dados da Oracle.
Com base nos resultados do quarto trimestre, os analistas ficaram animados com a receita significativamente maior em IaaS de +77% (com ajuste cambial), em comparação com cerca de 50% nos três trimestres anteriores. Isso indica que a vantagem de preço/desempenho anunciada pela Oracle em relação aos hiperscalers está sendo bem recebida pelo mercado, tanto por novos clientes quanto pelos já existentes. Essa situação deve posicionar a empresa para obter ganhos duradouros de participação de mercado, apesar de ter entrado tardiamente no segmento de IaaS.
Eles também destacaram que a Oracle prevê um investimento em CapEx estável no ano fiscal de 2024, após dobrar os gastos nos dois anos anteriores (22/23). Isso indica um uso mais eficiente do capital em relação às estimativas do Goldman Sachs. Além disso, a robusta demanda pela Gen2 OCI sugere uma melhora na geração de fluxo de caixa livre ao longo do EF23.
Com um desempenho sólido em SaaS/ERP (+24% ajustado para câmbio), crescimento acelerado em IaaS e a oportunidade de converter clientes de bancos de dados locais para a nuvem no longo prazo, os analistas estão cada vez mais otimistas com a capacidade da Oracle de alcançar sua meta de receita de US$ 65 bilhões para o EF26, com margens operacionais de 45%.
No entanto, preferem manter uma postura neutra, pois acreditam que o valuation atual da empresa já reflete adequadamente o crescimento acelerado da receita e do lucro líquido, com um múltiplo de 30 vezes o FCL estimado para o EF25, em linha ou até acima das empresas de grande capitalização comparáveis.