Investing.com - Nos dados de crédito divulgados pelo Banco Central do Brasil (BCB), em maio, a carteira de crédito total, novamente, apresentou um crescimento de 1,3% na comparação anual, mantendo a tendência de crescimento. No entanto, para o Banco do Brasil (SA:BBAS3) Investimentos (BB-BI), a recuperação de crédito continua mais gradual do que inicialmente esperado.
O BB-BI destaca que no início deste ano, apontou que 2018 seria o primeiro desde 2014 com crescimento positivo em termos reais, mas essa projeção está agora ameaçada.
Recentemente, o BCB revisou suas estimativas de crescimento de empréstimos para 3,0% de 3,5% anteriormente, o que implica em um crescimento real negativo, enquanto a previsão de inflação está atualmente em aproximadamente 4%.
A carteira de crédito total atingiu R $ 3,107 trilhões, um aumento de 0,5% em comparação com o último mês. Neste mês, os empréstimos direcionados foram estáveis, a primeira vez em doze meses que este índice não continua em uma tendência de baixa.
Apesar disso, o BNDES continua no ritmo começou em novembro de 2016, caindo 0,4% na base mensal. Os empréstimos não vinculados, por sua vez, melhoraram 1% na base mensal e 6,2% na anual. Empréstimos não-vinculados a pessoas físicas aumentaram 1,0% no mes com destaque para cartão de crédito e folha de pagamento. Já os empréstimos não direcionados para empresas cresceram 1,1% na base mensal, principalmente devido às linhas de ACC.
O BB-BI avalia que O NPL90 total, mais uma vez, ficou estável na base mensal, permanecendo em 3,3%. Em seguida, o NPL90 atingiu 4,6% com todas as linhas, pessoas físicas e jurídicas, caindo 10 pontos base e atingindo 5,0% e 4,1%, respectivamente.
Na visão dos analistas, o crescimento do crédito ainda é impulsionado pelo forte desempenho dos empréstimos a pessoas físicas. Além disso, a recuperação do crescimento do crédito ainda está desacelerando, com um detalhe que chama a atenção nos números apresentados pelo BC: o crescimento total do crédito por instituição financeira atingiu + 1,32% em maio. No entanto, quando decompomos esses números, os bancos privados contribuíram com 7,51% positivos para esse crescimento, enquanto os bancos públicos caíram 3,55% (incluindo os números do BNDES).