Estrasburgo, 24 mai (EFE).- O plenário do Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira uma resolução que pode deixar o clima ainda mais tenso na Ucrânia, uma das sedes da próxima edição da Eurocopa.
Os deputados querem que os líderes dos países que formam o bloco, promovam "gestos" para denunciar a situação dos presos políticos no país do Leste Europeu. A crise no país tem feito que vários governantes ameaçem não viajar para a Ucrânia.
Os eurodeputados convocaram os líderes da União Europeia a visitar a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, ou pelo menos que exponham publicamente a situação vivida no país.
Em um parágrafo da resolução aprovada, os deputados apontam que "até o momento, alguns políticos indicaram que não assistirão aos jogos que sejam disputados na Ucrânia, mas não pediram um boicote a competição".
A Eurocopa começará no próximo dia 8, e será realizada em conjunto, por Ucrânia e Polônia. Apesar dos problemas relacionados a uma das sedes, os parlamentares desejam "êxito" aos organizadores do torneio.
O texto aprovado condena a situação em que se encontra Tymoshenko, remetendo as denúncias de agressão e maus tratos contra a ex-primeira-ministra e os atrasos do andamento do seu processo na Justiça ucraniana.
"Os atuais problemas nas relações entre Ucrânia e União Europeia só podem ser resolvidos com uma clara vontade por parte das autoridades ucranianas de empreender e executar as reformas necessárias", aponta o texto, se referindo a reformas jurídicas no país.
Os eurodeputados também pedem a Kiev que crie um painel jurídico internacional independente e imparcial, para elaborar relatório de possíveis violações dos direitos e as liberdades fundamentais nos casos de Yulia Tymoshenko e de outros membros do antigo Governo do país. EFE