Investing.com - As ações da Petrobras (SA:PETR4) operam com importante valorização nesta sexta-feira (25), após a divulgação dos resultados na noite de ontem, com lucro líquido de R$ 9,09 bilhões no terceiro trimestre, alta de 36,8% ante o mesmo período do ano passado, apesar de uma queda nos preços do petróleo, em meio a uma redução no custo de extração do pré-sal para nível "sem precedentes".
Neste cenário, por volta das 10h36, os papéis preferenciais da estatal tinham ganhos de 2,68% a R$ 29,08. As ações ordinárias (SA:PETR3) apresentam elevação de 2,79% a R$ 31,67.
Contudo, houve uma queda de 51,8% no resultado líquido na comparação com o segundo trimestre, quando a empresa teve um resultado recorde.
Já o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado entre julho e setembro somou 32,6 bilhões de reais, alta de 9,1% em relação ao mesmo trimestre de 2018 e praticamente estável ante o segundo trimestre.
Na avaliação do Credit Suisse, que acreditava que o preço do petróleo iria pressionar o resultado da Petrobras (SA:PETR4), os números surpreenderam e a empresa entregou um Ebitda recorrente ex-IFRS de 15% acima do esperado. Já o lucro líquido ficou 9% acima das estimativas. O banco também, destacou a geração de caixa, levando à redução da dívida liquida em US$ 6,6 bilhões e a alavancagem caindo para um pouco abaixo de 2 vezes a relação entre dívida líquida e o Ebitda nos últimos doze meses.
Em mensagem, o presidente da Petrobras (SA:PETR4), Roberto Castello Branco, disse que o desempenho do terceiro trimestre "já começa a refletir a implantação de nossa estratégia voltada para a criação de valor", que inclui foco em ativos de classe global, como a produção no pré-sal, e desinvestimentos bilionários do que não é considerado essencial.
O executivo lembrou que a companhia registrou um recorde de produção em agosto de 3 milhões de barris de óleo equivalente (boe), com um recorde diário de 3,1 milhões no mesmo mês.
Além disso, Castello Branco destacou que o custo caixa de extração ("lifting cost") no pré-sal alcançou nível "sem precedentes", de 5 dólares por boe, o que contribuiu para que o custo médio de extração da companhia fosse inferior a 10 dólares por boe (9,7 dólares/boe).