Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) informou nesta quarta-feira que pediu a desvinculação do Programa Destaque em Governança de Estatais, criado pela B3 para atestar esforços de empresas estatais comprometidas a governança.
O projeto da B3, criado em 2015, na esteira dos escândalos de desvios de dinheiro público revelados pela operação Lava Jato, permite a adesão de empresas que sigam diversos quesitos de governança, incluindo medidas para evitar indicações políticas para cargos chave.
A Reuters havia reportado em julho que a administração da Petrobras avaliava deixar o programa por iniciativa do presidente Roberto Castello Branco.
A empresa pontuou nesta quarta-feira que aderiu ao programa em agosto de 2017 e que "continuou evoluindo no aperfeiçoamento de suas práticas de governança, tendo aderido ao segmento especial de listagem Nível 2 de Governança Corporativa da B3".
"Nesse sentido, a Petrobras permanece sob supervisão da B3 enquanto companhia aberta", disse a petroleira, destacando que o segmento nível 2 se destaca, dentre outros aspectos, pelas regras mais rigorosas de transparência e governança.
A Petrobras afirmou ainda que as principais regras brasileiras de governança estão endereçadas na chamada Lei das Estatais, aos quais a companhia já se submete.
"A companhia segue se destacando, nos últimos anos, pelo aprimoramento contínuo de suas regras de governança corporativa e de seus controles internos", disse a empresa.
Entre as estatais, a Petrobras disse que obteve nota máxima em todos os ciclos de avaliação do indicador de governança, elaborado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Economia.
(Por Marta Nogueira; edição de Aluísio Alves)