Investing.com - A Petrobras (SA:PETR4) divulga amanhã, antes da abertura dos mercados, o resultado referente ao segundo trimestre do ano. O consenso do mercado aponta para lucro líquido de R$ 0,59 por ação, sendo que no mesmo período do ano passado o resultado foi de R$ 0,13. Há três meses, o LPA foi de R$ 0,44. Na espera dos números, as ações da estatal ganham 2,20% a R$ 20,45.
Para as receitas, a projeção do mercado é que atinja um total de R$ 88,77 bilhões, diante de R$ 74,46 bilhões nos três primeiros meses de 2018 e de R$ 67,0 bilhões no mesmo período do ano passado.
A XP Investimentos espera um resultado poluído pelas mudanças na política de preços do diesel após a greve dos caminhoneiros, refletindo o congelamento de preços por 15 dias e efeitos da política de subsídios a partir de 8 de junho.
A aposta da corretora é de prejuízo líquido de R$ 11 milhões, contra resultado positivo de R$ 316 milhões do mesmo período do ano passado. Para a XP as receitas devem ficar em R$ 80,97 bilhões, superando assim os R$ 66,99 bilhões do ano passado em 20,9%. Para margem Ebitda, a aposta é em 35,0%, representando queda de 2,3 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano passado.
Na visão da Coinvalores, os resultados da Petrobras devem ser alavancados pela contínua valorização do petróleo, que atingiu patamares que não eram vistos desde 2014, acumulando alta de mais de 10% ante o 1T18 e de quase 50% em um ano.
A recuperação, ainda que gradual, dos volumes e o câmbio são outros fatores que devem favorecer os números do trimestre, mais do que compensando os impactos relativos a greve dos caminhoneiros. A média das estimativas aponta para um EBITDA de R$ 29 bilhões e um lucro líquido de R$ 7 bi, o que corresponde a uma alta de 15% e 4% frente ao 1T18, respectivamente.
No entanto, os analistas vislumbram que essa perspectiva já está parcialmente precificada e, portanto, a divulgação deve trazer impacto apenas marginalmente positivo para PETR4 no curto prazo.
A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,961 bilhões no primeiro trimestre de 2018, alta de 56% frente ao mesmo período do ano passado (R$ 4,45 bilhões) e o melhor resultado dos últimos 5 anos.
Foi o maior lucro nominal desde o primeiro trimestre de 2013, quando petroleira registrou ganhos de R$ 7,69 bilhões. Foi também o melhor resultado trimestral desde o início a Lava Jato, cuja primeira operação foi realizada em março de 2014.