Investing.com – Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco Goldman Sachs (NYSE:GS) analisa os impactos de uma possível retomada de impostos do governo federal sobre os preços do gasóleo e da gasolina. O banco indica que, apesar da suspensão atual, os tributos podem retornar no curto prazo. Segundo o Goldman, para que os preços do petróleo e da gasolina se mantenham estáveis, com impostos federais potencialmente retornando, a Petrobras (BVMF:PETR4) precisaria reduzir a gasolina em cerca de 29% e os preços do diesel em 7% a partir de 1º de janeiro de 2023. As projeções dos analistas indicam que isso resultaria em um impacto de US$ 9 bilhões no EBITDA de 2023 e US$ 6 bilhões no fluxo de caixa.
De acordo com os analistas Bruno Amorim, Joao Frizo e Guilherme Costa Martins, caso o governo brasileiro decida manter a suspensão dos impostos sobre os combustíveis até 2023, o impacto é estimado em US$ 9 bilhões em potenciais arrecadações, diante de um cenário macro provavelmente desafiador. Assim, tendo em vista as falas da equipe do novo governo sobre a política de preços da companhia, o Goldman estimou o impacto caso empresa compense eventuais impostos federais baixando o preço do combustível, resultando em nenhuma alteração na bomba.
O Goldman Sachs mantém recomendação neutra na Petrobras, mesmo considerando atraente a expectativa de 36% rendimento de dividendos no ano que vem. O preço-alvo em 12 meses para as ADRs é de US$13,60. Para as ações ordinárias, é de R$34,60 e, para ações preferenciais, de R$31,40.
O banco aponta um aumento da incerteza em torno das políticas a serem adotados nos próximos anos, como mudanças nas vendas de ativos, pagamento de dividendos e prováveis subsídios a combustíveis, conforme já indicou em relatório de rebaixamento.
Às 12h34, as ações PN apresentavam alta de 2,70%, cotadas a R$30,26. As ADRs subiam 2,84%, a US$11,62.