SÃO PAULO (Reuters) - Uma greve iniciada no sábado por sindicatos de trabalhadores da Petrobras (SA:PETR4) e que segue em vigor não impactou a produção da companhia até o momento e as operações seguem dentro dos critérios de segurança, afirmou a estatal em nota à Reuters nesta terça-feira.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), por outro lado, afirmou que a paralisação agora tem adesão de cerca de 14,75 mil trabalhadores, ou 80% do total nos 12 Estados em que acontecem os movimentos.
Um dos sindicados filiados à FUP, o Sindipetro Norte Fluminense, disse em nota nesta terça-feira que orientou trabalhadores a desembarcar de plataformas e entregá-las para a chefia, o que potencialmente poderia impactar a produção dos equipamentos.
A Petrobras, no entanto, disse que "não há impactos na produção nem no abastecimento ao mercado" até o momento.
"A companhia informa que todas as suas unidades de produção de petróleo, combustíveis e derivados estão em operação dentro dos padrões de segurança", afirmou a estatal em nota.
Os sindicatos dizem que a greve é contra demissões de uma fábrica de fertilizantes no Paraná desativada pela Petrobras em meio a prejuízos e acusam a empresa de descumprir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
A Petrobras, no entanto, afirma que "os motivos alegados não atendem aos critérios legais" para decretação de paralisação.
"A Petrobras reitera que o movimento grevista iniciado em algumas de suas unidades é injustificado, uma vez que o acordo coletivo de trabalho foi assinado por todos os sindicatos em novembro de 2019 e as negociações previstas estão seguindo curso normal", afirmou.
Na véspera, a petroleira disse que estava acionando equipes de contingência para manter as operações e até acionando a Justiça em alguns casos para evitar impacto às atividades.
(Por Luciano Costa)