Investing.com — Após o anúncio de que o Conselho de Administração da Petrobras (BVMF:PETR4) aprovou a compra de fatia no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB), na Bacia de Orange, na África do Sul, o banco Morgan Stanley (NYSE:MS) afirmou que a petroleira estaria perto de descobertas atraentes, conforme relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 02 de outubro.
“A aquisição de uma participação de 10% num bloco exploratório na África do Sul faz parte da estratégia da Petrobras para abordar a substituição de reservas a longo prazo. As recentes descobertas naquela região têm sido atrativas e este movimento permite à Petrobras reunir mercado inteligência a um preço baixo”, destacou o banco em relatório. Como a companhia não apresentou o preço, a percepção é de que “o valor não deve ser material”, segundo o Morgan.
Os analistas Bruno Montanari, Carlos Moraes e Thiago Casqueiro detalham que o processo competitivo foi conduzido pela TotalEnergies, tendo em vista que esta é a operadora do bloco, com 40% de participação, enquanto a QatarEnergy detém fatia de 30% e a Sezigyn Pty 20%.
Oportunidades com descobertas dos últimos anos
O anúncio de que pretende atuar com exploração na África traz oportunidades para a Petrobras. O Morgan Stanley ressalta que o bloco em questão estaria próximo de uma grande descoberta feita pela Total na Namíbia no ano de 2022, além da mais recente da Galp, Mopane.
“A exposição da Petrobras é de natureza exploratória, e uma descoberta potencial só seria desenvolvida muitos anos no futuro, mas vemos uma boa proposta de risco-recompensa”, completam os analistas do MS, indicando que a aquisição requer aval de órgãos reguladores.
O Morgan Stanley possui recomendação overweight (equivalente à compra) para a Petrobras, que é considerada top pick, com preço-alvo de US$20. O banco estima remuneração a acionistas de US$ 7,0 bilhões em dividendos extraordinários, com pagamentos nos últimos trimestres deste ano e do próximo.
Assim, espera, em seu caso base, rendimento de dividendos de 19,0% para 2024 e 15,3% para 2025.
Às 9h40 (de Brasília), as American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras (NYSE:PBR) apresentavam alta de 1,62%, a US$15,02.