Investing.com – As ações da Petrobras (BVMF:PETR4) recuavam na manhã desta quinta-feira, 04, com repercussão negativa de notícias que afirmam que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, seria um dos nomes cotados para assumir a estatal de petróleo.
Às 11h55 (de Brasília), os papéis preferenciais estavam em baixa de 1,61%, a R$37,82.
Segundo fontes do Palácio do Planalto ouvidos pela CNN, Mercadante tem sido um dos nomes avaliados para o cargo e estaria na lista do governo de presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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As fontes ouvidas pela CNN apontam que a demissão de Jean Paul Prates, atual CEO, seria iminente, diante do impasse com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Foram frequentes as notícias nas últimas semanas com opiniões divergentes entre os gestores, incluindo a percepção sobre o pagamento de dividendos extraordinários pela estatal.
A assessoria de imprensa de Mercadante nega que o governo tenha feito qualquer convite, ainda conforme apuração da CNN.
Desde ontem pela noite, a imprensa especula uma reunião de Prates com Lula para definir o seu papel na Petrobras, o que foi noticiado pela colunista da Folha, Monica Bergamo. A colunista afirma que Prates vem se irritando com diversos ataques de membros do governo, principalmente de Alexandre Silveira e Rui Costa.
Fontes ouvidas pela colunista apontam que Prates teria chegado no limite com a pressão de alas do governo e cogita a saída da estatal, ainda que prefira que Lula defenda sua permanência no comando da empresa.
Em entrevista à Folha, Silveira admitiu conflitos com Prates, enquanto Costa sondaria candidatos que possam substituir Prates caso o atual CEO deixe a companhia. A colunista da folha aponta que uma lista com eventuais candidatos circula na capital Brasília, que inclui Ricardo Savini, fundador da 3R Petroleum (BVMF:RRRP3), Bruno Moretti, secretário especial de análise governamental da Presidência da República, e Magda Chambriard, engenheira química que já trabalhou na estatal antes de presidir a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Em nota ao mercado, a Ativa Investimentos considera uma eventual saída de Prates como negativa, pois considera que o executivo demonstra equilíbrio da condução da companhia, considerando anseios corporativos e políticos. Caso Prates deixa a companhia, seria difícil encontrar um substituto com a expertise do atual CEO.
“Precisamos pontuar que os rumores envolvendo a sua saída ocorrem desde o início de seu mandato, o choque com o MME não é novidade e dificilmente teremos alguma reviravolta a partir desta conversa definitiva. Em suma, algumas rusgas continuarão ocorrendo e pontos-chave para a tese, como a retenção dos dividendos de 2023, não devem ser revisitados”, destaca a Ativa.
A preocupação, de acordo com os analistas, é que a situação possa “tirar poder de manobra para a companhia seguir executando a sua atual política de preços como fez ao longo de 2023”, menciona a Ativa, ao recordar ainda a defasagem na gasolina.
Dividendos em foco
Os ministros do governo teriam firmado um acordo pelo pagamento de dividendos extras pela estatal, segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Após reunião desta quarta, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Rui Costa, da Casa Civil, teriam decidido pela distribuição dos dividendos extraordinários que foram retidos pelo Conselho de Administração após o balanço do quarto trimestre.
Conforme a publicação, os ministros teriam concordado com o pagamento da totalidade dos R$43,9 bilhões como dividendos extraordinários, primeiro reunião realizada na Casa Civil. Agora, cabe ao presidente Lula aprovar tal decisão, antes da reunião do Conselho de Administração, prevista para 19 de abril.
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