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Petrobras planeja retomar operações de fertilizantes, avalia parceiros na China

Publicado 24.11.2023, 13:21
© Reuters. Sede da Petrobras
16/11/2019
REUTERS/Sergio Moraes
PETR4
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Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (BVMF:PETR4) prevê retomar a produção de fertilizantes nitrogenados na unidade Ansa, no Paraná, no segundo semestre de 2024, enquanto projeta concluir a obra de outra unidade produtiva em Três Lagoas (MS), para iniciar a produção em 2028, disseram executivos da estatal nesta sexta-feira, durante apresentação do plano estratégico.

No caso da Ansa, a unidade está hibernada desde 2019 e sua retomada demanda investimentos classificados como de manutenção, disse o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, Willian França.

"Estamos finalizando levantamento de necessidades para que a gente possa fazer a licitação", disse o executivo a jornalistas, pontuando que também estão em andamento estudos de financiabilidade, recursos humanos, dentre outras questões para a Ansa.

Já para a retomada da obra e conclusão da fábrica em Três Lagoas, o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que estão em estudo diferentes soluções.

"A gente conversou por exemplo na China, com parceiros que têm interesse em finalizar e se tornarem sócios. Pode acontecer isso e pode acontecer de a gente terminar por nós mesmos e depois trazer sócios", disse Prates, em coletiva com jornalistas sobre o novo Plano Estratégico da empresa.

As afirmações confirmam reportagem da Reuters sobre o assunto nesta semana. A Petrobras vem sinalizando um retorno ao setor desde que a nova gestão assumiu.

O CEO também destacou que a empresa avalia formas de recuperar a rentabilidade de fábricas de fertilizantes nitrogenados arrendadas na Bahia e em Sergipe para a Unigel.

"Os atuais cessionários alegam que apesar de terem tido períodos bons, quando o mercado estava em alta, agora que está em baixa estão tendo dificuldades. Nós, como temos as plantas, não podemos deixar a peteca cair", afirmou.

Recentemente, a Unigel chegou a colocar centenas de funcionários em aviso prévio na unidade da Bahia, que está paralisada, alegando que o custo do gás não justificava a operação da planta, mas voltou atrás apontando que estava em tratativas com a Petrobras para uma solução.

Prates afirmou que uma solução para o curto prazo poderá ser a assinatura de um acordo com a Unigel, para que eles operem a planta para a Petrobras por seis meses, em acerto que poderá ser prorrogado por mais seis meses.

Nesse acordo, segundo os executivos, a Unigel permaneceria como arrendatária, mas atuaria como uma prestadora de serviços. Dessa forma, a Petrobras entregaria o gás para a operação, e a ureia produzida seria da petroleira.

Para o longo prazo, entretanto, outras soluções estão em estudo, como a incorporação das duas plantas de volta pela Petrobras, assim como a possibilidade de criação de uma joint venture entre Petrobras e Unigel, e até mesmo a atração de um terceiro parceiro para o negócio.

De acordo com Prates, a intenção de retomar a fabricação de fertilizantes passa não só pela necessidade do Brasil, grande produtor agrícola que importa a maior parte de suas necessidades.

© Reuters. Sede da Petrobras
16/11/2019
REUTERS/Sergio Moraes

Mas também "porque faz sentido para nós dentro do túnel da transição energética entrar nos fertilizantes, porque daí que vão nascer novos produtos, amônia verde, fertilizantes do futuro, a gente precisa estar com um pedaço do mercado", afirmou.

O diretor financeiro da Petrobras, Sérgio Caetano Leite, afirmou que os investimentos em fertilizantes passarão pela governança e também consideram a capacidade de geração de valor, ao responder questão sobre a lógica econômica do investimento.

(Por Marta Nogueira, Rodrigo Viga Gaier, com reportagem adicional de Fábio Teixeira)

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