Investing.com - Após encerrar em queda de quase 4% na sessão de ontem, as ações da Petrobras (SA:PETR4) operam com valorização de 1,62% a R$ 18,80 bi começo da jornada desta quarta-feira. Pesam a favor da estatal o salto do valor do petróleo nos últimos dias, enquanto o cenário político e o adiamento do leilão do excedente da cessão onerosa limitam os ganhos.
Os preços do petróleo bruto WTI seguem em alta, com o mercado de energia liderado pelo aumento nos preços da gasolina, já que o furacão Florence se aproxima da Costa Leste dos EUA.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em outubro sobe 1,33%, para US$ 70,17 por barril, enquanto na Bolsa Intercontinental de Londres, o Brent avança 0,52%, negociado a US$ 79,47 por barril.
Os investidores aumentaram as apostas em um novo avanço nos preços do petróleo ao acompanhar os sinais dos meteorologistas de que o furacão Florence pode ser a tempestade mais forte a atingir os estados da Carolina do Norte e Carolina do Sul em 60 anos. A tormenta deverá chegar ao continente no final desta semana.
A pressão de alta no petróleo ocorre em meio a um aumento da demanda com refinadores acelerando a produção antes de que com receio de que o furacão poderá interromper a atividade na região. Em um segundo momento, a tormenta poderá, segundo analistas, pressionar a demanda, reprimida pela redução das atividades cotidianas.
Cessão onerosa
O mega leilão do petróleo excedente da área da cessão onerosa deverá ficar para o primeiro semestre de 2019, a depender do próximo governo, afirmou nesta terça-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix.
O governo do presidente Michel Temer tentou realizar o leilão sob sua gestão, e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) chegou a prever que seria possível promover a licitação em 29 de novembro.
No entanto, a oferta do petróleo excedente da região apenas será possível após um acordo entre Petrobras e governo a respeito da renegociação do contrato da cessão onerosa e depois da aprovação de um projeto de lei no Senado sobre o assunto, que pode autorizar a licitação.
"Não tem como fazer mais o leilão neste ano, ele vai ser no primeiro semestre do ano que vem", disse Félix a jornalistas, ao chegar para evento de assinatura dos contratos da 15ª rodada de licitação de blocos exploratórios de petróleo.
Com Reuters.