Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) terá que se comprometer em produzir 900 milhões de barris de óleo equivalente (boe) adicionais nos campos de Marlim e Voador, na Bacia de Campos, até 2041, além de instalar no mínimo duas novas plataformas nas áreas, como contrapartida para a renovação antecipada dos contratos.
As duas compensações fazem parte de uma lista de exigências apresentadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para que a Petrobras possa garantir a ampliação dos contratos de concessão de Voador e Marlim, um dos principais campos produtores do Brasil.
A Petrobras pediu à agência uma antecipação das renovações desses contratos, para que possa justificar novos investimentos de longo prazo nas áreas de concessão.
A diretoria da autarquia aprovou neste mês o encaminhamento ao Ministério de Minas e Energia de um pedido de renovação antecipada do contrato de concessão dos dois campos.
O governo federal, que deverá decidir sobre o assunto, ainda não se posicionou sobre a renovação antecipada das concessões.
Marlim, o quarto maior produtor de óleo do Brasil, e Voador, estão entre as cerca de 260 áreas que tiveram contratos assinados na Rodada Zero da ANP e que vão expirar em 2025.
O campo de Marlim produziu em outubro 187 mil barris de petróleo por dia, volume que perde apenas para a extração de óleo dos dois gigantes do pré-sal na Bacia de Santos --Lula e Sapinhoá-- e para o campo de Roncador, na Bacia de Campos.
Dentre as outras exigências apresentadas pela ANP para a renovação dos contratos estão a perfuração de novos poços de petróleo, a instalação de equipamentos e a realização de sísmicas periódicas, com apresentação de relatórios. Caso assine a extensão dos contratos, a Petrobras terá ainda que apresentar uma revisão do Plano de Desenvolvimento dos campos de Marlim e Voador até julho de 2024.