Por Barani Krishnan
Investing.com - O preço global do petróleo, medido pelo benchmark do Reino Unido, o Brent, ultrapassou a marca dos US$ 75 por barril pela primeira vez em dois anos nesta terça-feira, enquanto o mercado aguarda dados de estoques dos EUA que poderiam sinalizar uma maior contenção da oferta com a chegada da alta demanda do verão.
O Brent operava estável, a US$ 74,91 por barril por volta das 16h (horário de Brasília), depois de ter registrado alta de US$ 75,28, a máxima desde abril de 2019.
O WTI, o benchmark para o petróleo nos EUA, era negociado a US$ 72,98 por barril, em baixa de 14 centavos de dólar, ou 0,2%. O WTI chegou aos US$ 73,45 mais cedo, seu valor mais alto desde outubro de 2018.
"Depois de registrar 2% de ganhos na sessão anterior e de alcançar novas máximas de vários anos, os altistas do petróleo estão parando para respirar", disse Sophie Griffiths, chefe de pesquisa para os mercados do Reino Unido e EMEA da corretora online OANDA.
Ela, no entanto, espera que o aumento continue à medida que a demanda de combustível acelera voltando para os níveis pré-pandemia nas cidades europeias e norte-americanas, enquanto os transatlânticos recuperam ritmo. Cerca de "2,1 milhões de americanos tomaram os céus, o maior número de pessoas voando desde o início da pandemia", disse Griffiths.
O Brent está em alta de quase 45% no ano enquanto o WTI ganhou quase 50%, com aproximadamente 15% dessa aceleração apenas em junho.
Ambos os contratos atingiram máximas de vários anos antes dos dados semanais dos estoques prometidos pelo Instituto Americano de Petróleo, ou API, nesta terça-feira e pela Administração de Informação sobre Energia dos EUA, ou EIA, nesta quarta-feira.
O relatório da API servirá como precursor do que a EIA deverá anunciar como os saldos semanais de petróleo bruto, gasolina e destilados.
De acordo com um consenso de analistas procurados pelo Investing.com, os estoques brutos dos Estados Unidos provavelmente caíram 3,6 milhões de barris para a semana encerrada em 18 de junho, engrossando a queda de 7,4 milhões na semana anterior de 11 de junho.
Os estoques de gasolina provavelmente subiram 750.000 barris em comparação com o aumento de 1,95 milhões na semana anterior, de acordo com o consenso.
E os estoques de destilados, constituídos de diesel e óleo de aquecimento, devem aumentar em 975.000 barris após a queda anterior de 1,02 milhão.