LONDRES (Reuters) - A bitcoin saltou por mais de 20 por cento em apenas quatro horas nesta sexta-feira, tendo chegado a menos de 3 mil dólares mais cedo, conforme autoridades pediram que as bolsas de criptomoedas de Pequim parem de negociá-la.
Após uma escalada vertiginosa para registrar picos próximos de 5 mil dólares no início do mês, a bitcoin mergulhou quase 40 por cento em 12 dias, com a liquidação impulsionada em grande parte por medo da repressão da China ao mercado, bem como um aviso do presidente-executivo do JPMorgan, Jamie Dimon, que disse que a bitcoin era uma "fraude".
O rápida queda -combinada com perdas nas centenas de outras moedas digitais que agora compõem a bitcoin- é conduzida pelas preocupações de que uma gigante bolha das criptomoedas esteja prestes a estourar. A bitcoin teve sua pior semana desde 2013.
Isso, segundo especialistas da indústria, mostra que, embora a China ainda seja importante, a repressão no país provavelmente não será suficiente para paralisar a bitcoin, a menos que seja seguida de paradas do câmbio em outras partes do globo.
"Os volumes chineses representam menos de 10 por cento do volume global - não é grande coisa", disse Charles Hayter, fundador do site de análise de criptomoedas Cryptocompare.
As plataformas de Pequim, OkCoin e Huobi, que estão entre as maiores bolsas da China, disseram nesta sexta-feira que planejam parar as negociações com base em iuanes até 31 de outubro, confirmando relatórios anteriores.
A maior bolsa de bitcoin da China, BTCChina, disse na quinta que pararia negociações em 30 de setembro. Outras bolsas menores do país anunciaram movimentos semelhantes nesta sexta-feira.
(Por Jemima Kelly)