RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em meio à queda do petróleo, a Petrobras (SA:PETR4) reduzirá em 9,2 por cento o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) empresarial a partir de terça-feira, no segundo corte no valor do produto em novembro, segundo informação publicada no site da estatal.
Em 7 de novembro, a empresa havia reduzido em 5,6 por cento o preço do GLP utilizado por indústrias e o comércio, vendido nas refinarias da Petrobras em embalagens acima de 13 kg.[nE6N1XG00N]
Segundo a Petrobras, a política de precificação do insumo tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo.
Os cortes ocorrem em meio à queda expressiva do preço do barril do petróleo. Na sexta-feira, os preços do petróleo nos Estados Unidos caíram quase 8 por cento.
As empresas distribuidoras de GLP com atuação no Brasil foram informadas do corte nesta segunda-feira pela Petrobras, segundo o Sindigás, sindicato que as representa.
Cálculos do Sindigás indicaram que, mesmo após o novo corte, o valor do GLP empresarial ficará 30,6 por cento mais caro do que o gás residencial, comercializado em embalagens de até 13 kg, o chamado de cozinha.
"A entidade reforça que a falta de uma política de preços para o GLP empresarial faz persistir essa diferença de preços entre o GLP residencial e o empresarial", disse o Sindigás.
A Petrobras informa em seu site que "o preço do gás residencial é menor que o do GLP para uso industrial e comercial, conforme resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)". A estatal pontua que o órgão entende a medida como de interesse da política energética nacional.
(Por Marta Nogueira)