Paris, 1 jun (EFE).- O presidente da França, François Hollande, justificou nesta sexta-feira sua ausência e a de outros membros de seu governo durante a Eurocopa por causa da prisão da ex-primeira ministra ucraniana, Yulia Tymoshenko, enquanto o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, criticou o boicote por razões políticas.
"Não acho que seja preciso boicotar eventos esportivos por razões políticas" porque "é contrário aos ideais olímpicos", afirmou Putin em uma conferência em Paris, ao término de um encontro com Hollande no Palácio do Eliseu.
O presidente russo lembrou que a posição de seu país é a de que não se justifica a condenação de Tymoshenko por ter assinado acordos energéticos com seu país, o que de acordo com sua análise, não fugia de encontro aos interesses da Ucrânia. Putin também propôs que a ex-primeira ministra ucraniana seja transferida à Rússia para receber tratamento médico.
Já Hollande afirmou que, em sua conversa com o chefe do Estado russo, chegou à mesma conclusão sobre Tymoshenko: "seu lugar não é a prisão". E, após comentar com tom de ironia o fato de a seleção francesa ter sofrido para se classificar para a Eurocopa, o político disse que "não está fazendo um boicote esportivo", e que não é oportuno que ele e outros membros de seu governo assistam aos jogos na Ucrânia: "não é o nosso lugar", declarou. EFE