Paris, 17 out (EFE).- O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, considerou nesta quarta-feira "uma vergonha" para a Europa que entre seus países-membros haja alguns com níveis de desemprego entre os jovens, como na Espanha, que em julho chegou a 52,9%.
"Não é aceitável. É insuportável que haja um país-membro, ou vários, onde o desemprego entre os jovens é de 50%. É indigno, uma vergonha para a Europa. É preciso que a Europa atue", disse em um encontro com a imprensa depois de se reunir em Paris com o presidente francês, François Hollande.
Por isso, Schulz acha necessário que o fundo de crescimento dotado com 120 bilhões de euros, cuja criação foi aprovada no Conselho Europeu de junho, "concretize-se (...) e leve mais empregos para os jovens".
Nas vésperas do Conselho Europeu que será realizado na quinta e na sexta-feira em Bruxelas, o presidente do Parlamente Europeu indicou que vai insistir que projetos que sejam derivados deste fundo contribuam para diminuir o desemprego juvenil.
Schulz aprova que o governo irlandês tenha como proposta "chave" de seu presidente rotativo da União Europeia, que assume o cargo em janeiro, a introdução de uma garantia para juventude com o objetivo de assegurar que os jovens não fiquem sem trabalho durante mais de quatro meses.
Além disso, destacou que outro problema atual é a falta de acesso ao crédito de parte de empresas.
"Acho que há muitas empresas na Espanha, Grécia e outros países que querem investir no turismo e em energias renováveis, que nesses dois países podem ter uma papel importante no futuro, mas todas encontram o mesmo problema de acesso ao crédito", lamentou o chefe do Parlamento Europeu.
Por isso, disse Schulz, existe a necessidade de que haja um programa de créditos para essas empresas que privilegiam contratar pessoas desempregadas, e que este programa seja incluído no marco desse fundo de crescimento. EFE