Por Khushi Mandowara
(Reuters) - A presidente-executiva do Twitter, Linda Yaccarino, defendeu nesta terça-feira na rede social o limite temporário anunciado em 1º de julho sobre o número de tuítes que os usuários podem ler por dia.
Além disso, a empresa informou que a publicidade tem se mantido estável no período desde que a medida atraiu fortes críticas de usuários e profissionais de marketing.
"Quando você tem uma missão como o Twitter -- precisa fazer grandes movimentos para continuar fortalecendo a plataforma", escreveu Yaccarino em um tuíte, seu primeiro comentário público sobre os limites anunciados no sábado pelo proprietário da rede, Elon Musk, que argumentou que a medida visa desencorajar "níveis extremos" de extração de dados e manipulação do sistema.
Nos dias que se seguiram ao anúncio de Musk, usuários da rede social publicaram capturas de tela mostrando que não conseguiam ver nenhum tuíte, nem mesmo as páginas de anunciantes corporativos, após atingir o limite. Profissionais de marketing disseram que isso pode minar os esforços de Yaccarino para atrair anunciantes.
O Twitter disse que apenas uma pequena porcentagem de pessoas que usam a plataforma têm sido afetada pelos limites.
"Para garantir a autenticidade de nossa base de usuários, precisamos tomar medidas extremas para remover spam e bots de nossa plataforma", disse a empresa em um comunicado nesta terça-feira.
O limite entrou em vigor logo depois que o Twitter começou a exigir que os usuários fizessem login em uma conta na plataforma para ver os tuítes.
Questionado em um e-mail por que a presidente-executiva não comentou sobre a mudança até três dias após o anúncio, o Twitter não comentou, mas enviou à Reuters um emoji de fezes, a resposta automática da empresa a perguntas da imprensa.